O fim de um mito

O moço da foto é o senhor Francisco Oliveira Senra. Tambem atende por Paquito ou por Xuxé Mixuim. Mineirinho come-quieto, na expressao máxima do texto, tem um curriculo apaixonante de abatedor de lebres. Passaram por ele grandes nomes e pra citar um, nossa saudosa Leila Diniz no auge do fogo e da fama. O Paquito, amigo velho, querido e estimado por mim e pela terra dele, Congonhas do Campos, é artista plástico, agindo como pintor, desenhista, escultor em pedra sabão e mais tantas outras midias das artes. Passou pela vida integrado em todas as comunidades e gerações. Aos 15 anos era amigo dos amigos de 20 e aos 30 amigo dos amigos de 12,13,15 anos. Nos conhecemos lá pelos idos de 67;68, no seculo passado. Anos depois foi meu hõspede aqui em Fortaleza. O velho Paquito, considerado invencivel pelo quesito casamento, até que teve lá suas arrumações casamenteiras, do tipo "estamos juntos, cada um na sua casa". Ontem, o mundo caiu. Como as torres gemeas PAquito dobrou os joelhos. E ajoelhou meu filho, tem que rezar. Paquito, o último dos batiões invulneráveis ao casamento, capitulou. Um parto cheio de dificuldades creio eu, eis que casar beirando os 70 e pela primeira vez, deve ser algo tão assustador como mostra a foto principal, que fez meu velho e invencivel amigo beijar a lona, quer dizer, dizer um sim aos pés de um padre.Bom companheiro, fiel, valente, amigo, bom caráter, insinuante, mineiramente insinuante, nosso Chico terminou por encontrar a outra metade da laranja, enqunato imaginávamos, nós seus amigos, que todas as bandas, passadas, presentes e futuras fossem sucos. Bom, registrar o casamento do Paquito no blog, além de grande alegria, é um tira-provas dos nove; nenhuma mulher jamais pense em desistir. Insista, persista e naõ desista que seu dia chegará. Há, quem sabe, sempre um Paquito por aí, duro na queda, mas ninguem é tão pobre que não possa dar, nem tão rico que não possa receber.