A Operação Província, desencadeada pela Polícia Federal na manhã de quarta-feira (10), já trouxe para o Ministério Público Estadual todos os acusados na investigação de fraudes milionárias cometidas por empresas fantasmas em mais de 50 municípios cearenses. Eles prestaram depoimentos a portas fechadas.
Os mandados de prisão foram cumpridos. Estão envolvidos: Raimundo Morais Filho, Francisco Monte Morais (irmão de Raimundo), Aniziane Dantas de Oliveira, Andrezza de Abreu, Rodrigo Barbosa de Menezes, José Roberto e Rodrigo Coelho Mota. Eles são sócios das empresas Pratika Incorporações, Daruma Construções e Empreendimentos, Êxito Construções e Empreendimentos, Construtora Leandro dos Santos e Master Assessoria e Engenharia.
Essas empresas serviam de fachada para a atuação da Falcon Construtora e Serviços, propriedade de Raimundo Morais Filho, e participavam de diversas licitações ao mesmo tempo, garantindo a apropriação de recursos públicos de várias prefeituras. Raimundo Filho usava nomes e dados de pessoas pobres para constituir as empresas, pagando-lhes aproximadamente R$ 150 reais por mês.
As investigações estão sendo feitas desde 2008, e contam com o apoio da Controladoria-Geral da União, Receita Federal, Tribunal de Contas do Município e Secretaria de Segurança Pública do Estado. Os alvos são servidores de prefeituras e profissionais encarregados de formar comissões de licitação. Eles são acusados de peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva. As investigações apontam que, em 2008 e 2009, a quadrilha conseguiu faturar mais de R$ 30 milhões em verbas públicas.
Os trabalhos da Operação Província começaram em Pacatuba, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza. Agentes da PF estiveram nas Secretarias de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura e de Finanças da Prefeitura local. Durante a manhã de quarta-feira, pelo menos oito pessoas foram ouvidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário