O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães, inaugurou hoje (3), a sessão anual do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados com uma discussão em torno dos principais desafios enfrentados pelas as políticas nuclear e espacial no Brasil.
Durante a reunião, que contou com a presença do Deputado José Linhares que é membro do conselho, Guimarães colocou como principal empecilho enfrentado pelo setor, o déficit na formação de profissionais qualificados para atender as demandas e também a falta de disponibilização de recursos.
Guimarães destacou que do ponto de vista potencial, o Brasil está extraordinariamente bem colocado, tanto no que diz respeito às atividades espaciais, quanto às atividades nucleares, quando comparado à situação de outros países do mundo. Segundo o ministro, o país domina todo o ciclo de enriquecimento de urânio, mas, ao mesmo tempo, não tem alocado os recursos necessários para o desenvolvimento dessas atividades.
De acordo com o ministro, a dificuldade maior para esse investimento é a quantidade de segmentos públicos que são tidos como prioritários dentro do governo. Ele destacou, ainda, a falta de engenheiros nucleares e a quantidade de vagas existentes que não são preenchidas. “É importante conferir em detalhes as atividades estratégicas para que haja alocação de recursos, sem contingenciamento”.
O presidente do conselho, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) lançou o desafio de tornar o Brasil um exportador de urânio enriquecido, uma vez que o país tem o tema como estratégico, além de dominar essa produção.
O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, formado por 11 parlamentares de diferentes áreas de atuação, é um órgão técnico-consultivo da Câmara dos Deputados que se dedica à análise e discussão de temas estratégicos para o país.
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