Passeio Público, um marco de nossa história e uma bela paisagem


Teatro no Passeio Público

Cooper, capoeira, tai chi chuan, jogos de mesa e tabuleiro, teatro de rua, uma bela vista para o mar, árvores centenárias, casais namorando e muita tranquilidade. Esse é o atual cenário encontrado no Passeio Público, também conhecida como Praça dos Mártires. Um paisagem bem contrastante aos tempos de outrora, quando foi palco do fuzilamento, em 1824, dos heróis da Confederação do Equador, entre eles o padre Mororó. A confederação foi um movimento revolucionário, de caráter emancipacionista e republicano no Nordeste do Brasil, que representou a principal reação contra a política centralizadora de Dom Pedro I.

A praça mais antiga de Fortaleza, construída no século XIX, tem um estilo neoclássico. Baobá, Jucazeiro, Oiticica, timbaúba e mungubeira são algumas das árvores centenárias encontradas no Passeio Público. São 45 no total, imunes ao corte. Estão identificadas com placas que informam o nome popular e o científico e a origem de cada uma.

Bustos também fazem parte do clima saudoso do local, homenageando homens importantes para o Ceará, dentre eles: Barão de Studart, o médico Dr. José Frota e o oftalmologista Dr. Moura Brasil. Um outro busto está sem a placa que supostamente foi roubada. Existem também na praça cópias de esculturas de antigos deuses gregos. Um restaurante dentro do Passeio Público traz as lembranças da história daquele lugar. Na parede do estabelecimento está escrito: “Confederação do Equador: união, independência, religião e liberdade.

Localizado no Centro, ao lado do forte de Nossa Senhora de Assunção, tendo ao seu redor o hospital Santa Casa, a Associação Comercial do Ceará, motéis e bares, o Passeio Público já foi frequentado pela elite cearense.

O estudante João Carlos, 16, estava sentado no banco da praça e afirmou não saber da história daquele lugar. “Faltei essa aula de história”, brincou. Já a paulista Joana Costa, 32, veio a Fortaleza pela primeira vez e estava encantada com o Passeio Público. “Acho importante conhecer a história dos lugares que vou conhecer. Isso nos aproxima de nossa história”, completou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário