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Beco da Poeira: novo endereço é rejeitado


Por Fabiana Maranhão
da Redação do Jornal O Estado

A sessão plenária de ontem, na Assembleia Legislativa, foi marcada por manifestações de um grupo de permissionários do Beco da Poeira, que exigiam apoio dos parlamentares no que diz respeito à transferência dos comerciantes. O grupo, que num só coro gritava “Queremos trabalhar e a prefeita não quer deixar”, alega que a mudança, além de temporária, será feita para um local hipotecado. Parte dos 2.219 permissionários não quer iniciar a transferência porque as obras do centro comercial não foram concluídas. Mesmo assim, a Prefeitura insiste em iniciar o processo.
Outros não querem ir para o novo endereço, a antiga fábrica Senador Pompeu, de forma alguma. Eles desejam instalar-se em um outro prédio, que fica ao lado do atual Beco da Poeira, conhecido com “Esqueleto”. O local começou a ser construído para abrigar os permissionários, mas até hoje a obra não foi concluído. De acordo com o deputado Adahil Barreto (PR), a assessoria da Prefeitura informou que não tem mais nada a ver com a situação e abandonou a construção do prédio para onde os comerciantes seriam transferidos inicialmente, atestando irregularidades. “No entanto, conseguiu licença para a construção de um restaurante popular nas bases do prédio”.
Para Adahil, a Prefeitura vem agindo erroneamente por não resolver as pendências da construção do prédio e por usar métodos mais “extremos” para efetivar a saída dos comerciantes do Beco.

VOTAÇÃO
Entre uma interrupção e outra por parte dos permissionários, o parlamento ainda conseguiu votar mensagem do Poder Executivo que atualiza o piso salarial dos professores da rede estadual de ensino. A matéria foi aprovada com votos contrários dos deputados Adahil Barreto (PR) e Heitor Férrer (PDT). Artur Bruno (PT) absteve-se da votação.
Heitor Férrer (PDT) justificou que não podia votar a favor de uma matéria que não satisfazia a categoria em questão. Segundo ele, a matéria não é meritosa para quem representa a educação no parlamento. “Trata-se de um piso pirata, e vai deixar os professores piores do que já estão”.

Artur Bruno (PT) falou que, mesmo pertencendo à base do Governo, não podia votar a favor de uma matéria que não atende às necessidades do magistério. “Esse projeto do piso continua sendo um erro. Enquanto o salário dos professores não melhorar, a educação não vai mudar”. Para ele, a mensagem não contempla as reivindicações da categoria, pois não escalona o aumento para todas as faixas salariais dos professores.

A mensagem de autoria do Executivo de nº 7189/10, que trata sobre o piso salarial do magistério, prevê que a remuneração mínima de R$ 1.025,00 seja válida para a jornada de 40 horas semanais. Segundo o texto, o valor está em consonância com o piso salarial nacional da categoria, conforme prevê a lei federal no 11.738, de 16 de julho de 2008.

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