Cidadão entregue à sua propria sorte
Inseguro e sem ter a quem apelar, o cidadão comum passou a exercer o papel de Polícia, a bem de sua própria segurança. A desvantagem diante do bandido é enorme, mas não há outra saída. A julgar pelos últimos episódios, essa nova função vem dando certo, embora não seja a mais recomendável. Senão vejamos: na última quinta-feira, um assaltante foi morto a tiros de pistola, em frente a um posto de combustível, no cruzamento da Avenida 13 de Maio com a rua Senador Pompeu. Por que o cidadão tomou essa decisão? Por um motivo muito simples: não existe Polícia para protegê-lo. É triste, mas é a pura realidade. O morto havia acabado de roubar um carro de uma dona de salão de beleza localizado na rua José Bonifácio. O marido dela, acompanhado de um amigo saiu em perseguição ao bandido e, ao encontrá-lo, o executou. Nem a arma conduzida pelo assaltante foi capaz de amedrontar a vítima. Todos sabem que o caminho não é por aí, mas foi a única alternativa encontrada pela vítima para reaver o bem adquirido a muito custo. Assim como agiu o marido da esteticista, muitas outras vítimas de assaltos têm agido ultimamente em Fortaleza. E isso vem ocorrendo com frequência porque a Polícia perdeu a noção de proteger o cidadão. Hoje, o cidadão comum não tem mais coragem de sair às ruas, está refém de seu próprio medo. Mas como erradicar, ou mesmo reduzir essa sensação de insegurança? Uma pergunta, a resposta deve ser dada pelos responsáveis pela segurança pública do Estado.Todos sabem dos esforços desenvolvidos pelo governador Cid Gomes, aliás, foi uma promessa de campanha acabar com a insegurança que atormenta a todos os cearenses. Mas esses esforços não têm gerado resultados positivos. Seria um problema de gestão? Não precisa ir tão longo para saber que alguma coisa está errada. Neste feriado santificado, por exemplo, a Polícia conseguiu, só Deus sabe como, abortar uma fuga em massa na principal penitenciária do Estado, o IPPS. Alguém precisa dar um basta nisso, pois os bandidos estão dando as ordens em um Estado sem lei.
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