Adahil Barreto segue em busca de novas assinaturas para "CPI dos Grampos"


O parlamentar rebateu as críticas do líder do governo Cid na Assembleia, Nelson Martins (PT), que acusou Adahil e Férrer de estarem aproveitando a nova correlação



O deputado Adahil Barreto (PR) segue em busca de assinaturas para sua própria CPI, que objetiva apurar outra denúncia da revista Veja, desta vez a respeito de grampos instalados em secretarias estaduais.

De acordo com publicação, o governo teria instalado quatro equipamentos de escuta (do tipo “Guardião”), sendo dois na Secretaria da Segurança Pública, um no Ministério Público Estadual e um na Secretaria da Fazenda. “Precisamos ir a fundo para saber se esses equipamentos estão sendo operados como manda a lei, ou seja, a serviço do Judiciário”, disse Adahil ao Jornal O Estado.

Até ontem, o deputado só tinha coletado outras três assinaturas a favor da sua CPI: o correligionário Vasques Landim (PR), o tucano Cirilo Pimenta e o pedetista Heitor Férrer. Segundo Adahil, os tucanos ainda decidirão se apoiam também esta investigação, além da CPI do Castelão.

O parlamentar rebateu as críticas do líder do governo Cid na Assembleia, Nelson Martins (PT), que acusou Adahil e Férrer de estarem aproveitando a nova correlação de forças na Casa (com os tucanos agora na oposição) ao explorararem politicamente as “mentiras” veiculadas por Veja.

“Não podemos caracterizar [a CPI dos grampos] como uma CPI política. Até porque a matéria é da Veja, uma revista de credibilidade, que não iria inventar que teria falado com autoridades públicas estaduais sem ter falado”, declarou Adahil, que prometeu enviar cópias dos discursos de Nelson para a revista “para que ela possa saber que está sendo chamada aqui de mentirosa e leviana”.

Adahil acredita que Nelson Martins e Mauro Filho (PSB), ex-secretário estadual da Fazenda, entram em contradição quando apresentam suas versões contra as denúncias da Veja.
“O deputado Nelson reconheceu que existe um equipamento na Secretaria da Fazenda que não estaria funcionando. Já o deputado Mauro Filho disse que isso não existe, que é mentira. Então, quem está falando a verdade? Só este fato já justificaria a CPI”, defende Adahil.

Combate ao crime
Falando ao Jornal O Estado, Nelson Martins defendeu o uso do “Guardião”, um equipamento “usado por todos os estados brasileiros para poder punir bandido e sonegadores”. Segundo o líder do governo Cid, a máquina só é utilizada em inquéritos policiais, quando há decisão judicial que o permita.

“Esse equipamento funciona assim. É aberto o inquérito. O delegado que preside o inquérito solicita à Justiça a interceptação de algum número de telefone. Essa interceptação é analisada pela Justiça, ouvindo o Ministério Público. Se o juiz autorizar, quem faz a interceptação é a operadora do telefone, e não o Estado. Esse equipamento [o ‘guardião’] passa a ser uma extensão daquele telefone. Não tem nenhum problema, é tudo com decisão judicial, não há nenhuma irregularidade”, explicou Nelson.

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