Governo cubano vai libertar 52 presos políticos, diz Igreja



Os demais 47 presos devem ser libertados dentro dos próximos três ou quatro meses, e também poderão deixar Cuba.



O governo cubano vai libertar 52 presos políticos, disse a Igreja Católica cubana nessa quarta-feira, em uma grande concessão à pressão internacional para melhorar as condições de direitos humanos na ilha. Segundo a Igreja, cinco prisioneiros deveriam ser libertados ainda na quarta-feira, e poderão ir para a Espanha com suas famílias. Os demais 47 presos devem ser libertados dentro dos próximos três ou quatro meses, e também poderão deixar Cuba.

Os 52 homens parecem ser os que permanecem na prisão entre o chamado Grupo dos 75, presos na repressão da Primavera Negra de 2003, e condenados a penas de até 28 anos de cadeia. O governo também informou sobre a transferência de seis presos nas próximas horas para prisões mais perto de suas casas. O anúncio foi feito após recentes diálogos entre o presidente cubano, Raúl Castro, e o líder da Igreja Católica em Cuba, cardeal Jaime Ortega. A Igreja assumiu um papel mais determinante nos assuntos internos da ilha desde maio.
O dissidente Guillermo Fariñas, que começou uma greve de fome há 134 dias, pedindo a libertação de 25 presos políticos - acredita que eles estejam incluídos no grupo anunciado.

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