Historinha


Manumento a Inácio Agromonte, libertador cubano em Camaguay

Uma vez fui a Cuba. E fui ao interior. Deixei Havana de avião, um velho Yliushin russo com suas turbinas explodindo e pneus mostrando os arames. Tipo hora e meia de viagem. Era esperado por amigo que ao invés de hotel, levaram-me pra casa. Eram duas casas. Uma a que eu ficaria, outra a que me esperava. O dono da casa onde eu ficaria, era coronel do Exército Cubano e diretor de um presídio onde haveria preso político. Se quiser pode por isso no plural. Então, entrei pela casa da direita, onde eu ficaria para, pelos fundos, passar para a casa que me esperava. A do coronel. A outra era da filha, casada com o engenheiro. Sentindo o drama e até meio assustado com a situação, perguntei sobre a manobra. Pra todos os efeitos voce é hóspede do casal. Os dois praticam santeria e voce foi anunciado como um brasileiro pesquisador de macumba (santeria é macumba em espanhol). Passei por ganzás, tambores, espadas e quetais e fui para as oferendas da vizinha onde o coronel me esperava com um porco assado fantástico. A cerveja, o rum e as azeitonas foram por minha conta. No primeiro dia até salsa dancei até...deixa para lá.

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