Integração Nacional deve ficar com PSB de Pernambuco

Para conter um início de rebelião dos seus aliados nordestinos com a ausência, até agora, de um nome da região para o primeiro escalão do governo, a presidente eleita, Dilma Rousseff, definiu [ontem] as cotas de indicações das regiões Norte e Nordeste.

Após muita disputa entre os partidos aliados, Dilma avisou que o Ministério da Integração Nacional irá para o PSB. O nome mais forte é o do ex-prefeito de Petrolina Fernando Bezerra Coelho, apadrinhado do governador Eduardo Campos (PSB-PE).

O governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, também desejava a vaga.

Apesar de Dilma ter obtido dez milhões de votos a mais do que o tucano José Serra no Nordeste, não havia um só ministro do Norte ou Nordeste confirmado.

No PT, as reclamações foram explicitadas por Wagner e pelo governadores de Sergipe, Marcelo Deda, descontentes com o grande número de paulistas confirmados ou anunciados: Antonio Palocci, Guido Mantega, Gilberto Carvalho, Miriam Belchior, além do carioca Sergio Côrtes e do gaúcho Nelson Jobim.

Em reunião nesta terça-feira cedo com Dilma, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sacramentou o retorno do senador eleito Edison Lobão (MA) para o Ministério de Minas e Energia.

Já para o Ministério dos Transportes, ela deixou claro que gostaria de ter de volta na pasta o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), apesar da resistência de outros aliados.

Ainda há pressão para outras indicações nordestinas para o primeiro escalão. Senador eleito pelo Ceará, o deputado Eunicio Oliveira (PMDB), nome também lembrado para o Ministério, disse considerar que, até o final da montagem do governo, Dilma vai contemplar o Nordeste:

- Não fechou ainda. Mas Dilma terá que fazer uma equação Brasil.

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