WikiLeaks: Inteligência cubana opera livre na Venezuela

O Globo
A implantação dos serviços de inteligência cubanos na Venezuela é tão profunda que estes desfrutam de "acesso direto" ao presidente Hugo Chávez e, muitas vezes, passam ao líder venezuelano informações privilegiadas que não são compartilhadas com os serviços de inteligência locais, sugerem mensagens confidenciais enviadas pela Embaixada dos EUA em Caracas para o Departamento de Estado dos EUA, em Washington, e que foram publicadas no site WikiLeaks nesta terça-feira.

"Os relatórios indicam que os laços de inteligência entre Cuba e Venezuela são tão estreitas que os seus organismos parecem competir para conseguir a atenção do governo bolivariano", diz um dos relatórios, datado de 30 de janeiro de 2006.

Segundo outro documento, datado de janeiro deste ano, a confiança de Chávez na competência dos agentes de Havana é tão grande que a Direção de Inteligência Militar (DIM) e os Serviços de Inteligência Bolivariana (Sebin), antiga Direção de Serviços de Inteligência e Prevenção (DISIP), pedem indicações cubanas durante o desenvolvimento de importantes operações de inteligência.

Os agentes cubanos também têm, segundo os relatórios da diplomacia americana, acesso irrestrito aos serviços de imigração responsáveis por documentar estrangeiros e controlar sua localização e movimentos.

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