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Canal do Granjeiro deve ser refeito em 90 dias


Araripe: Os prejuizos passam de R$50 milhões


Erosão está a cinco metros da escola
Foram quase quatro meses, depois das enchentes do dia 28 de janeiro deste anos, para que as obras de reconstrução do canal do Rio Granjeiro, em Crato, tivessem início. Foram quase três meses passados do pregão eletrônico que escolheu a Construtora Coral que a empresa responsável pelos serviços. As obras emergenciais, finalmente começaram.
Paulo Adriano, engenheiro da Coral, explicou que estão sendo feitos trabalhos de contenções de concreto armado dentro do leito do rio e a construção das paredes com telas metálicas galvanizadas revestidas com PVC, pelo método conhecido na engenharia como gaiolões, cheios de pedras e que são perfilados por toda a extensão bilateral.
Na base o canal tem três metros de largura e é capaz de suportar com segurança os terrenos que sofreram com a erosão. Apesar de paliativa, a obra está sendo realizada com a mesma estrutura que vai ser a do projeto definitivo. Isso quer dizer que os trabalhos de agora não serão desperdiçados, mas sim, complementados, assume o engenheiro Adriano.
Serão duas as etapas das obras do canal do rio Granjeiro que corta o Crato. Do total de R$4 milhões de reais,a primeira etapa teve R$2,5 milhões licitados. O restante será licitado para a construção de duas pontes. Em 90 dias, diz a Coral, a obra será entregue, dependendo apenas das questões climáticas.
Nas contas da Prefeitura, os trechos danificados pelas enchentes correspondem a 35% da extensão de 2.200 metros do canal. Cerca de 100 homens estão trabalhando, incluindo aí engenheiros, técnicos, operários, operadores de máquinas e pessoal de apoio.

Samuel preocupado
O Prefeito Samuel Araripe, preocupado com as 128 famílias desabrigadas, para as quais paga aluguéis até que fiquem prontas as casas que estão sendo construídas pela Prefeito, teme pelo futuro do problema.- Este paliativo não será de grande valia para o município do Crato. Eu mesmo entreguei ao Governo do Estado o projeto para a criação de piscinões como os que foram construídos em São Paulo. Entre o pé da serra e o Crato pelo menos cinco piscinões terão que ser feitos como forma de conter as cheias.
Na verdade esta é a segunda grande cheia que o Crato viveu. A primeira foi em 1948 e a cidade foi inundada, hoje, enquanto as obras se arrastam, diz Araripe, temos mais de seis mil alunos em colégios na região ou às margens do Rio Granjeiro, desse canal. A erosão mais forte está a 5 metros da calçada de um dos colégios enquanto o mais distante não chega a 10 metros, choraminga Samuel. Para ele, o prejuízo que o Crato acumula com a enorme chuva de duas horas naquele 28 de janeiro é superior a R$ 50 milhões de reais; “Éo mínimo que precisamos para recompor a cidade do drama que vivemos”, salienta preocupado.

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