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Deputados repudiam proposta de voto em lista fechada defendida pelo PT


O deputado Ely Aguiar (PSDC) alertou a população para os planos que os petistas nutrem de emendar a Constituição e retirar dos cidadãos a possibilidade de votar diretamente nos seus candidatos a deputado federal, estadual e vereador.

Pela proposta, aprovada pela comissão de reforma política do Senado e ainda a ser examinada no plenário, o voto direto seria substituído pelo sistema de lista fechada, em que a cúpula partidária escolhe seus candidatos ao Legislativo e o eleitor vota apenas no partido, sem saber quem são esses candidatos.

“É um golpe silencioso. Se o Brasil não ficar atento, o país ficará nas mãos de uma minoria por muitos e muitos anos, como acontece na Venezuela e em Cuba”, afirmou Ely Aguiar ontem na Assembleia, amparado em matéria da revista Veja desta semana, intitulada “Eles querem cassar seu voto”:
“ O que orienta os petistas nessa escolha é uma esperteza baseada na conjuntura, e não uma questão de princípios. Eles apostam que a lista fechada ampliará sua representação na Câmara”, afirma a revista.

Para Ely, os petistas trabalham em favor da lista fechada para perpetuarem-se no poder e estagnar e murchar os partidos pequenos, a exemplo do seu PSDC. Opinião semelhante à do deputado Perboyre Diógenes, do também eleitoralmente modesto PSL: “O PT, o PMDB e outros levam vantagem na indicação dos cargos, e o PT leva mais vantagem, porque é um partido mais organizado. Lista fechada é um absurdo. Quem vai mandar são os donos do partido. No PT manda o Zé Dirceu, no PMDB manda a turma do Renan Calheiros e por aí vai”.

“PETISTAS ARREPIADOS”
Segundo a Veja, o voto em lista fechada faz com que “petistas de alto coturno se arrepiem, mas de emoção, ante a possibilidade de ordenar o rol de representantes do partido sem a participação dos eleitores. Na prática, esse mecanismo garantirá aos chefões da legenda mandato vitalício: eles estarão sempre nas primeiras posições da lista petista”.

Não é assim que entende Lula Morais (PC do B), que participa da tese petista de que a mudança contribui para robustecer as legendas e fazer a discussão girar em torno de doutrinas. “O que se discute no Brasil é o fortalecimento dos partidos em detrimento ao personalismo. Com o voto de lista fechada, o que vai estar em debate é o programa e os partidos”, diz o comunista. (Bruno Pontes, da Redação)

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