Obama diz ter chegado a acordo que vai evitar calote

Em pronunciamento de cinco minutos, Barack Obama anunciou na noite deste domingo (31) o fechamento de um acordo com o Congresso sobre a dívida dos EUA.

Prevê a elevação do teto de endividamento do governo. Em troca, a Casa Branca terá de cortar gastos em proporções acima do que Obama desejava.

No pedaço referente à dívida pública dos EUA, hoje na casa dos US$ 14,3 trilhões, o governo será autorizado a elevá-la em US$ 2,4 trilhões.

Na parte que trata dos cortes, prevê-se que serão passadas na lâmina despesas de US$ 2,5 trilhões nos próximos dez anos.

O primeiro lote de cortes (US$ 1 trilhão) será definido imediatamente. O restante –R$ 1,5 trilhão— será detalhado por um comitê do Congresso até dezembro.

Segundo Obama, participam do acordo os dois partidos com representação no Congresso –o governista Democrata e o oposicionista Republicano.

Para passar das palavras à realidade, o acordo precisa ser aprovado no Senado e, depois, na Câmara. Tudo isso antes desta terça (2).

A terça é o dia em que, pelas contas do Tesouro americano, começa a faltar dinheiro para o pagamento das dívidas caso o Congresso não se dê por achado.

O pronunciamento de Obama, transmitido pela TV, injetou otimismo numa atmosfera marcada pelo dissenso. Espera-se que a votação no Senado ocorra nesta segunda (1o).

Confirmando-se o acordo, os EUA evitam o pior –o calote em seus credores— e passa a conviver com o mal menor -a penúria orçamentária.

Os talhos no orçamento vão esfriar ainda mais a atividade econômica num instante em que a sociedade americana, envolta em crise, reclama por crescimento.

Na prática, o acordo anunciado por Obama representa uma vitória dos republicanos, rivais da Casa Branca.

Obama queria atenuar os cortes incluindo no acerto um aumento de impostos para milionários. A julgar pelo que foi dito, a tributação ficou de fora do acordo.

O presidente americano desejava, de resto, manter as rubricas sociais do orçamento fora do alcance da faca. Com um talho de US$ 2,5 trilhões, será impossível.

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