
Francisco de Assis, de Canindé, das Chagas. Os nomes assumem simbologias diferentes, mas a figura é a mesma. Nascido em 1182, em Assis, na Itália, o Santo é lembrado, sobretudo pela sua fraterna relação com a natureza e com os pobres. Ontem (4) foi dia de relembrar o mártire. Na Capital cearense, católicos participaram de celebrações em homenagem ao padroeiro da ecologia. Conforme a Arquidiocese de Fortaleza, no Estado, Canindé, Cascavel, Dias Macedo, Otávio Bonfim, Jacarecanga, Pacajus e Parque Potira são algumas das Paróquias que festejam o Santo.
Na tarde de ontem, devotos no bairro Jacarecanga, foram às celebrações realizadas na Paróquia São Francisco de Assis. Entre orações, cânticos e louvores, fiéis agradeceram as “graças” vindas do Santo. O padre Gilson Soares, comentou que, a celebração sempre agrega os antigos moradores, que conservam-se fiéis na fé e na tradição. “A religiosidade nesta área ainda mantém-se muito forte”, destacou.
AGRADECIMENTO
A aposentada Miriam Oliveira, declarou que sua presença é garantida no novenário todos os anos. “São Francisco é meu guia, meu pai, meu protetor. Primeiro Deus, segundo, ele”, afirmou. Após a missa, a procisão era o caminho. O dia de celebração é momento de agradecer a todas “graças” alcançadas ao longo dos anos.
Os pequenos João Marcos e João Pedro, de apenas 11 meses, garantiram a homenagem, vestidos à caráter. Os pequenos franciscanos, levados pela mãe, a auxiliar administrativa, Luciana Lima, dividiam o espaço de devoção. O pagamento de uma promessa justifica a vestimenta das crianças, que nasceram no mês dedicado ao Santo.
TRADIÇÃO
No Centro da cidade, católicos também marcaram presença na celebração. À tarde, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus estava repleta de devotos. A professora aposentada, Maria do Socorro, lembra que desde criança faz o mesmo percuso no dia de São Francisco. “Lembro que quando era criança meu pai sempre me trazia a missa. Não há como fugir dessa tradição. Sou devota e reafirmo minha fé”, contou.
Ela destaca a atualidade do discurso de Francisco, que há muito tempo já defendia a preservação da natureza. “Vemos agora coisa que ele falava há tempos atrás. Temos que nos preocupar com a natureza. Ela está dando respostas às nossas agressões”, apontou.
DEVOÇÃO NORDESTINA
Para o frei Nilton Pereira, reitor do Santuário Sagrado Coração de Jesus, a celebração da festa de São Francisco tem uma profunda ligação com o povo nordestino. De acordo com ele, comumente chamado de Francisco das Chagas, pelos cearenses, o Santo representa a devoção pela superação dos males e misérias. “O São Francisco popular não é aquele glorioso, mas sim aquele das Chagas, que se identifica com o povo”, explicou.
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