Heitor Férrer sugere cortes de gastos “supérfluos” para custear saúde

O deputado Heitor Férrer (PDT) sugeriu nesta terça-feira (1º/11) na Assembleia, que o Governo corte gastos “supérfluos” para que o orçamento do Estado seja suficiente para custear a saúde. O pedetista teme que o Ceará não disponha de recursos próprios suficientes para manter quatro hospitais regionais.

Ele citou pronunciamento feito pelo líder do bloco governista, Welington Landim (PSB), no qual o socialista afirmou que o Estado não tem recursos próprios suficientes para custear o funcionamento e a manutenção dos hospitais regionais. O Hospital Regional do Cariri já está pronto e o da região Norte, em Sobral, está em construção. Ainda estão previstos equipamentos semelhantes na região metropolitana e no Sertão Central.

De acordo com Heitor, no último domingo, o jornal Diário do Nordeste publicou matéria na qual o chefe de Gabinete do governador Cid Gomes, Ivo Gomes – “uma das vozes mais representativas do Governo” – afirma que o Ceará tem recursos para manter os hospitais.

Na dúvida, Heitor sugere que o Ceará corte gastos em obras que na opinião dele não são prioritárias. Se há ameaça de os recursos próprios não serem suficientes e de não vir ajuda do Governo Federal, para ele, é prudente que o Governo previna-se. O Acquário do Ceará é uma das obras que o parlamentar defende que seja descartada.

“O Ceará tem 49% da população na linha de pobreza. Esse dado é recente”, ponderou. Segundo os números destacados por ele, 4,2 milhões de cearenses vivem com até meio salário mínimo por mês. E 1,5 milhão vive na linha de miséria, ou seja, “vivem com até 1/4 de salário mínimo”. “Nós somos comparados a Costa do Marfim, Timor Leste e Indonésia. Estamos nos comparando ao que há de pior de qualidade de vida. Essas pessoas precisam do serviço público”, defendeu.

Em aparte, o deputado Welington Landim ressaltou que o Ceará terá a melhor infraestrutura na área de saúde ao final do Governo Cid Gomes. Entretanto, ele reiterou que o Ceará, sozinho, só poderá custear os equipamentos de saúde se “sacrificar” outras áreas. "Se tiver que bancar sem ajuda do Governo Federal vai ter que sacrificar outros serviços importantes. Precisamos encontrar uma fonte", alertou o socialista.

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