Uma no prego, outra na ferradura

Deputado critica situação do Canal do Granjeiro

Antes fazer qualquer reclamação ao governo estadual sobre a recuperação do Canal do Granjeiro, no Crato, o prefeito Samuel Araripe deveria fazer a sua parte, que é a limpeza do ambiente, porque é o acúmulo de sujeira que faz subir o nível do setor para facilitar uma inundação. A declaração é do deputado estadual socialista Sineval Roque, observando que o governo estadual merece apoio e não crítica quando uma obra não seguiu em frente.
No caso do Canal do Granjeiro, segundo o deputado, houve problema de burocracia e, por isso, os recursos existentes, cerca de R$ 1,5 milhão, não foram liberados, motivo porque a obra parou. O parlamentar informa que esteve na are estadual que está fazendo o trabalho e que lá colheu que tão logo os recursos sejam liberados a obra vai ser realizada, sem qualquer prejuízo para a população, porque ainda há tempo de realizar o trabalho.
O prefeito Samuel Araripe solicitou uma audiência especial para relatar ao governador Cid Gomes o perigo que há se o Canal do Granjeiro não for feito o trabalho de emergência antes do inverno chegar. O prefeito vai pedir providências urgentes para esse trabalho, justificando que o inverno no Crato sempre chega cedo, normalmente em janeiro e que há previsão de chuvas pesadas que podem provocar inundação da área.
Roque disse ainda com relação ao Canal do Granjeiro, que o governador Cid Gomes tem ciência do perigo que há se não fizer a recuperação propriamente dita do ambiente, mas observa que é uma obra de custo da ordem de R$ 40 milhões, mas que ela terá que ficar bem para a frente, porque os recursos ainda serão negociados junto ao governo federal. Agora, garante ele, vai ser o trabalho emergencial que vai evitar futuros problemas.
Sineval Roque viajou ao Crato para ver de perto a real situação do Canal do Granjeiro para depois reportar para a área estadual que está encarregada de fazer a continuação da obra que tem o valor de R$ 1,5 milhão que é uma parte do projeto de R$ 4 milhões. Ele, que é postulante a chefia do município, foi manter contatos com partidos aliados, principalmente com correligionários para tocar em frente a pré campanha ao cargo.

Penso eu - Olhe aqui, preste atenção. O Sineval pode até ter razão na crítica dele. Só que o Sineval, além de querer ser prefeito do Crato contra o Samuel Araripe, não deve ter feito as contas direito. Este humilde repórter foi ao Crato faz um tempão. No Crato o repórter foi visitar o Prefeito na companhia do brilhante jornalista e repórter Paulo Roberto Rodrigues Bulhões, marido da dona Neta, avô da Paulinha que é minha afilhada. Pois muito bem. Fomos ver o canal do Grangeiro(viajando trem do Cid Gomes) depois que a tisunami havia passado por lá e destruido uma banda do Cratinho de açucar. Fotografamos. O Roberto Bulhões e este humilde repórter. Lá, encontrei o Samuel Araripe preocupado com as coisas, umas duas ou três máquinas paradas, porque era beira da hora do almoço e um press release do governo que dizia: Em 90 dias o Canal do Graneiro estará pronto. Guardei como guardo tudo o que sei que não vai acontecer. Isto eu publiquei no dia seguinte àquela visita. Leia, por favor o que este humilde repórter escreveu e o jornal O Estado publicou em maio, mais de 180 dias depois.


Canal do Granjeiro deve ser refeito em 90 dias

Foram quase quatro meses, depois das enchentes do dia 28 de janeiro deste anos, para que as obras de reconstrução do canal do Rio Granjeiro, em Crato, tivessem início. Foram quase três meses passados do pregão eletrônico que escolheu a Construtora Coral que é a empresa responsável pelos serviços. As obras emergenciais, finalmente começaram.
Paulo Adriano, engenheiro da Coral, explicou que estão sendo feitos trabalhos de contenções de concreto armado dentro do leito do rio e a construção das paredes com telas metálicas galvanizadas revestidas com PVC, pelo método  conhecido na engenharia como gaiolões, cheios de pedras e que são perfilados por toda a extensão bilateral.
Na base o canal tem três metros de largura e é capaz de suportar com segurança os terrenos que sofreram com a erosão. Apesar de paliativa, a obra está sendo realizada com a mesma estrutura que vai ser a do projeto definitivo. Isso quer dizer que os trabalhos de agora não serão desperdiçados, mas sim, complementados, assume  o engenheiro Adriano.
Serão duas as etapas das obras do canal do rio Granjeiro que corta o Crato. Do total de R$4 milhões de reais,a primeira etapa teve R$2,5 milhões licitados. O restante será licitado para a construção de  duas pontes. Em 90 dias, diz a Coral, a obra será entregue, dependendo apenas das questões climáticas.
Nas contas da Prefeitura, os trechos danificados pelas enchentes correspondem a 35% da extensão de 2.200 metros do canal. Cerca de 100 homens estão trabalhando, incluindo aí engenheiros, técnicos, operários, operadores de máquinas e pessoal de apoio.

Samuel preocupado
O Prefeito Samuel Araripe, preocupado com as 128 famílias desabrigadas, para as quais paga aluguéis até que fiquem prontas as casas que estão sendo construídas pela Prefeitura, teme pelo futuro do problema.- Este paliativo não será de grande valia para o município do  Crato. Eu mesmo entreguei ao Governo do Estado o projeto para a criação de piscinões como os que foram construídos em São Paulo. Entre o pé da serra e o Crato pelo menos cinco piscinões terão que ser feitos como forma de conter as cheias.
Na verdade esta é a segunda grande cheia que o Crato viveu. A primeira foi em 1948 e a cidade foi inundada, hoje, enquanto as obras se arrastam, diz Araripe, temos mais de seis mil alunos em colégios na região ou às margens do Rio Granjeiro, desse canal. A erosão mais forte está a 5 metros da calçada de um dos colégios enquanto o mais distante não chega a 10 metros, choraminga Samuel. Para ele, o prejuízo que o Crato acumula com a enorme chuva de duas horas naquele 28 de janeiro é superior a R$ 50 milhões de reais; “É o mínimo que precisamos para recompor a cidade do drama que vivemos”, salienta preocupado.


E agora, por favor, fiquem sabendo que não estão falando com trouxas, não. Por favor.

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