Quatro tripulantes e 25 passageiros ainda estavam desaparecidos até ontem, segunda-feira, três dias depois do acidente com o transatlântico italiano Costa Concordia, que encalhou na costa da Toscana, informou a Guarda Costeira italiana. O comandante da Guarda Costeira, Marco Brusco, esclareceu que dez alemães estão entre os 29 desaparecidos, e que há uma “faísca de esperança” de que alguns desses ainda estejam vivos.
Em nota, o advogado do comandante do navio, Francesco Schettino, Bruno Leporatti, disse que ele está “arrasado, perturbado e entristecido com a perda de vidas”, mas considera que conseguiu salvar muitas vidas ao realizar uma difícil manobra de emergência com as âncoras depois do acidente, o que deixou o barco mais perto da costa. Ele negou as acusações de que os passageiros não teriam sido treinados para abandonar o navio, onde ocorreram cenas de pânico e caos depois da colisão.
Havia a bordo 1.020 tripulantes de 38 países, mas a maioria trabalha com alimentação e entretenimento, sem experiência específica com assuntos navais. O presidente da Costa Cruzeiros, proprietária do navio, Pier Luigi Foschi, chamou os tripulantes de “heróis” e disse que eles reagiram corretamente. “Tivemos de retirar mais de 4.200 pessoas em circunstâncias difíceis, então toda a operação levou mais de duas horas. A razão para isso é que a inclinação do navio não nos permitiu usar ambos os lados para retirar as pessoas.”
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