O presidente da Fifa Joseph Blatter confirmou ser o sujeito identificado como “P1” no dossiê divulgado pela Justiça suíça sobre o esquema de propinas com a ISL no qual estavam envolvidos Ricardo Teixeira e João Havelange. À época, Blatter era secretário-geral da entidade e defendeu-se alegando que nada podia fazer sobre os pagamentos.
Em entrevista ao site oficial da Fifa, o cartola se eximiu de culpa ao afirmar que, no passado, o esquema não era ilegal. Quando o repórter sugeriu que Blatter deveria saber das propinas, a resposta foi muito política e nada contundente. “Sabia o quê? Que comissões eram pagas? Lá atrás, estes pagamentos poderiam ser deduzidos do imposto como taxas de negociação. Hoje, isso é passível de punição. Você não pode julgar o passado com base nos padrões de hoje. Além disso, ia acabar em um conflito moral. Eu não poderia saber de um crime que nem era crime na época” – disse o, hoje, presidente da Fifa.
Na última quarta-feira (11), a Justiça suíça divulgou documentos que comprovam o recebimento de cerca de R$ 45 milhões em propina por Teixeira e Havelange, condenados por peculato, gestão desleal e enriquecimento ilícito na Suíça. Para manterem o caso em sigilo, os chefões da cartolagem brasileira tiveram que desembolsar R$ 10,4 milhões, há cerca de dois anos. Hoje, nenhum dos dois atua em entidades esportivas brasileiras, mas Havelange ainda é presidente de honra da Fifa.
Em entrevista ao site oficial da Fifa, o cartola se eximiu de culpa ao afirmar que, no passado, o esquema não era ilegal. Quando o repórter sugeriu que Blatter deveria saber das propinas, a resposta foi muito política e nada contundente. “Sabia o quê? Que comissões eram pagas? Lá atrás, estes pagamentos poderiam ser deduzidos do imposto como taxas de negociação. Hoje, isso é passível de punição. Você não pode julgar o passado com base nos padrões de hoje. Além disso, ia acabar em um conflito moral. Eu não poderia saber de um crime que nem era crime na época” – disse o, hoje, presidente da Fifa.
Na última quarta-feira (11), a Justiça suíça divulgou documentos que comprovam o recebimento de cerca de R$ 45 milhões em propina por Teixeira e Havelange, condenados por peculato, gestão desleal e enriquecimento ilícito na Suíça. Para manterem o caso em sigilo, os chefões da cartolagem brasileira tiveram que desembolsar R$ 10,4 milhões, há cerca de dois anos. Hoje, nenhum dos dois atua em entidades esportivas brasileiras, mas Havelange ainda é presidente de honra da Fifa.
Mauro Carmélio, “amigo de Teixeira”
Nas vias de sua renúncia, Ricardo Teixeira demonstrou poder político sobre muitos presidentes de federações, entre eles Mauro Carmélio, o número 1 da Federação Cearense de Futebol (FCF). Em março, em entrevista ao jornal O Estado, Carmélio revelou alguns do motivos que o fizeram apoiar Teixeira. “O Ricardo é meu amigo e amigo do futebol cearense. Ele está nos apoiando na nossa administração e, você sabe, amigo não tem defeito” – sugerindo que as benfeitorias do ex-presidente da CBF à sua gestão ofuscavam eventuais atos de má-fé. Questionado sobre a supremacia de interesses particulares sobre os coletivos, o presidente manteve a postura firme e disse: “Eu não penso pelo lado coletivo, penso no futebol cearense. É visível o apoio que ele [Ricardo Teixeira] nos dá, inclusive com Copa do Mundo, Copa das Confederações... A própria organização do futebol cearense, que quando assumimos, não estava organizado”.
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