Bunda morna, ou apanhei-te cavaquinho




Cristina Kirchner não atende a imprensa. Na Argentina só o faz raramente a publicações declaradamente governistas. Mas em sua passagem pelos Estados Unidos para a Assembleia Geral da ONU, acabou se metendo numa enrascada e pisando na jaca.

Na visita que fez à Universidade de Harvard aceitou atender jovens estudantes. Por cerca de 45 minutos, um grupo de valentes e nervosos argentinos e latino-americanos em geral desfilaram questões sobre os aspectos mais polêmicos da gestão Cristina.
A presidente se irritou, contestou de forma ríspida e contou algumas mentiras. Primeiro, sobre o cerco ao dólar. Disse que a expressão era uma construção midiática e que os argentinos podiam viajar e comprar a moeda livremente, algo que não se confirma pela revolta e o testemunho daqueles que tentam todos os dias e não conseguem. Caso de todos os estudantes que lá estavam e dos seus familiares.
Depois, foi confrontada com a questão das acusações de enriquecimento ilícito. Uma jovem perguntou como ela poderia explicar que sua fortuna pessoal passasse de 2 milhões para 79 milhões de pesos em oito anos. Cristina disse que os números eram falsos, mas o fato é que estão em sua declaração. Irritada, Cristina disse que ter dinheiro se devia ao fato de ela ter sido “uma advogada de sucesso” e que agora era “uma presidente de sucesso”.
Constrangida, passou a defender a Lei de Meios. É a tal lei que a esquerda dândi aqui da banânia defende, sob o mote da "democratização" da imprensa. A presidente argentina saiu do encontro com a bunda morna e certamente decidida a não dar entrevistas fora do país, mesmo para leigos. Toda imprensa normal da Aegentina publicou a saia justa.

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