Chávez
é hoje um dos principais pilares de sustentação da política externa
implementada no governo Lula, que rechaçou a proposta de acordo
comercial oferecida pelos Estados Unidos, a Área de Livre de Comércio
das Américas (Alca), e privilegiou a expansão do Mercosul, recentemente
ampliado com o ingresso da própria Venezuela.
Com
as maiores reservas de petróleo do mundo, que, em meados de 2012,
alcançaram 296,5 bilhões de barris e superaram as da Arábia Saudita, a
Venezuela se tornou peça central da geopolítica internacional –
especialmente da América Latina. Chávez já financiou governos de países
como Bolívia, Equador, Nicarágua, Honduras e até mesmo a Argentina, onde
os Kirchner foram ajudados com a venda de energia subsidiada. Cuba
também é um país que, hoje, depende essencialmente do petróleo
subsidiado pela Venezuela – mais de 100 mil barris diários.
Nesta
terça-feira, os jornais venezuelanos informam que Chávez, internado em
estado grave, teve um dia estável, na virada do ano. O vice Nicolas
Maduro embargou de emergência a Havana e tem a missão de manter a
chamada "revolução bolivariana". Mas sem o carisma e a liderança de
Chávez, ninguém é hoje capaz de prever se Maduro terá força para dar
continuidade à política que vem sendo implantada por Chávez desde 1998.
No
Twitter, o povo venezuelano se dividiu em mensagens de apoio a Chávez,
com a hashtag #FuerzaChavez, e também em desejos também por sua morte. O
certo é que sua eventual passagem transformaria radicalmente o quadro
político na América Latina.
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