Na Bahia ou em Minas viraria história de Trancoso ou atração turística


Embarcação encalhada começa a ser removida das areias da Beira Mar

A Prefeitura de Fortaleza deu início à retirada da sucata da Embarcação de Pesca Alimar VII encalhada na orla da Praia de Iracema, na Avenida Beira Mar, desde 2005.
De acordo com o secretário Cláudio Nelson Araújo Brandão, da Secretaria Executiva Regional II (SER), a remoção, que teve início na manhã de ontem, trata-se de um mandado judicial da 13ª Vara Cível do Fórum Clóvis Beviláqua, expedido em julho de 2012, e precisava ser acatado de imediato devido ao comprometimento da segurança e visual de quem frequenta o local.
“Dos perigos que ele representava à sociedade, além da poluição visual, tem a política de segurança, porque servia de esconderijo para usuários de drogas e assaltantes; política de saúde pública por estarem usando-o como banheiro; e política de turismo porque aqui é um cartão-postal de Fortaleza. O turista encontrar uma sucata dessas na faixa de praia não é agradável”, declarou.
A embarcação, de 19 metros de comprimento, 5 metros de largura e 5 metros de altura, é objeto de penhora de uma dívida da empresa Alimar Pesca e Exportação ao Banco do Estado de São Paulo. Não se sabe desde quando o navio estava encalhado em alto mar e com o passar do tempo, sem receber manutenção, a maré o levou até a faixa de areia.
Segundo o secretário, os restos do Alimar VII serão transportados para o pátio da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), conforme descrito na ordem. Ainda de acordo com ele, os planos são de desvincular a sucata da Justiça para poder leiloar e doar o dinheiro a alguma instituição de caridade. A reivindicação foi movida por ambientalistas, representantes dos moradores do bairro e urbanistas.
Conforme Cláudio Nelson, os restos do navio teriam que ser retirados de qualquer forma para as obras de revitalização da Beira Mar, que devem começar ainda em março deste ano. Ontem, os engenheiros da Camargo Correia começaram a escavar ao redor do Alimar VII e despedaçá-lo com o uso de maçaricos para facilitar na remoção. A estimativa era de que pudesse ser removido ainda ontem, dependendo se o nível da maré não atingisse o local, caso não fosse possível, será retirado hoje pela manhã.
OPINIÃO DOS BANHISTAS
Os visitantes e banhistas que estavam no local na hora da remoção, aglomeraram-se em volta para observar. Curiosos concordaram com a ação. O funcionário público, Francisco Ribeiro, afirmou que a medida era necessária. Segundo ele, a sucata representava um grande risco aos banhistas ou quem passeava na orla durante à noite.

Sérgio Maneiro, diretor de marketing, também disse o mesmo: “Essa ação é necessária. Incomodava não só o visual, mas a nossa segurança, a segurança de crianças que brincam na praia, fora os assaltos e viciados químicos que se escondiam lá dentro. Era um risco para nós”.
Entretanto, a turista Beth de Paula, de Belo Horizonte discordou. “Não acho que deveriam removê-lo, poderiam ter investido em urbanismo e transformá-lo em um atrativo turístico. Eu pensei que fazia parte da atração, acho linda essa sucata”.

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