Com
três gols e uma atuação elogiável, a seleção brasileira venceu a
França, quebrou um duplo tabu e chegou mais leve para disputar a Copa
das Confederações. Em Porto Alegre, na Arena do Grêmio, o Brasil fez 3 a
0, com Oscar, Hernanes e Lucas, e derrubou a sina de não vencer os
franceses há mais de 20 anos.
Além
disso, conseguiu ganhar de um campeão mundial após mais de três anos de
jejum. A vitória aconteceu no último teste de Luiz Felipe Scolari para o
evento-amistoso da Fifa, que começa no próximo sábado. O Brasil
estreará contra o Japão. Em um jogo onde dominou, buscou mais a vitória
que o rival, mas esteve longe de encantar os mais de 50 mil torcedores
que foram ao estádio gremista. O time foi apoiado durante a maior parte
dos 90 minutos.
A
seleção brasileira começou o jogo tentando pressionar o rival na saída
de bola. Fred, Hulk e até mesmo Neymar marcavam os franceses. O primeiro
lance do principal astro da Seleção foi justamente uma roubada de bola,
quando o goleiro Lloris tentou sair jogando e perdeu para o atacante do
Barcelona fora da área.
A
bola seguiu para Marcelo, que não conseguiu dar sequência ao lance.
Quando tinha a bola o Brasil avançava com um quarteto na frente. Fred
era o único que se mantinha todo tempo centralizado, próximo à área.
Neymar começou pela direita, depois passou a maior parte do primeiro
tempo atacando pelo lado esquerdo. As principais jogadas ofensivas,
porém, não começavam nos pés do atacante do Barcelona. “Patinho feio” do
time, vaiado no último jogo no Maracanã, Hulk era o destaque do Brasil
na frente. Pelo lado direito conseguia levar perigo aos franceses.
Aos
19 minutos, tentou um chute forte com o pé esquerdo, de fora da área. A
bola passou longe do gol. Dez minutos depois, mostrou porque era o
melhor do time de Felipão em campo. Em boa jogada pela esquerda, entrou
na área, livrou-se do marcador e cruzou forte. A bola ainda foi
interceptada por Sakho. No meio do primeiro tempo, os franceses
conseguiram anular algumas das tentativas de criação do Brasil. Com um
time compactado, impediam jogadas criadas pelo meio-campo brasileiro.
Oscar
era quem mais sofria. O meia chegou a ser deslocado para a direita e
depois para a esquerda, ainda no primeiro tempo, alternando
posicionamento com Hulk e Neymar. Quando tinha a bola, a França buscava
sair com velocidade. E assim chegava à área brasileira com lançamentos
para Benzema ou chutes de longe.
GOLS BRASILEIROS
Os dois times voltaram ao segundo tempo sem alterações, mas o jogo
começou mais aberto. O Brasil quase abriu o placar no primeiro minuto,
após troca de passes no ataque. Fred tocou para Hulk, que chutou forte
para fora. Logo depois, foi a vez da França assustar o Brasil. Numa
jogada de velocidade, Cabaye chegou próximo à área e chutou forte. A
bola passou perto do gol de Júlio César.
Apesar
do placar zerado, os torcedores apoiavam o Brasil. Vaias não eram
ouvidas, fato raro no histórico recente da Seleção. O público fazia
apenas alguns pedidos ao treinador. Fernando, volante do Grêmio, que
estava no banco de reservas, tinha seu nome gritado constantemente.
Lucas também era lembrado. Em campo, o time de Felipão mostrava
disposição e chegava ao ataque. Numa jogada que começou com um desarme
de Luiz Gustavo, Fred cruzou para Oscar marcar o primeiro gol da vitória
brasileira.
Com
o placar adverso, os franceses mantinham o mesmo estilo de jogo, de
forte marcação no meio-campo e saídas rápidas para o ataque. O lance
mais perigoso dos rivais do Brasil, porém, surgiu numa bola pela lateral
cruzada por Valbuena. David Luiz tentou cortar e, por pouco, não marca
contra. Receoso quanto aos ataques franceses, Felipão mudou a equipe.
Hulk e Oscar saíram para as entradas de Lucas e Fernando. Vencendo, o
técnico armou um time com três volantes, com o gremista sendo o mais
recuado. Com um time ainda mais guarnecido, o Brasil deixava os
franceses tocarem a bola, mas dificilmente era atacado no seu campo de
defesa. O Brasil ainda conseguiu ampliar o placar nos minutos finais. Em
jogada de contra-ataque, Lucas tocou na área para Neymar.
O
camisa 10 deu a bola para Hernanes que chutou forte para o gol. Nos
acréscimos, Marcelo fez jogada individual e sofreu pênalti. Lucas bateu
com categoria. Não teve jeito, o fim do tabu já era uma certeza. A
torcida ainda teve tempo para gritar o famoso “olé” nos minutos finais.
Penso eu - faz tempo que esses meninos não sabem o que é futebol.
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