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Pinto Martins é o mais atrasado

THATIANY NASCIMENTO
thatynascimento@oestadoce.com.br

Embora tenham sido iniciadas, em junho de 2012, as obras que reestruturarão o Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, até maio deste ano, tinham apenas 19% dos serviços concluídos. O ritmo lento dos trabalhos, conforme o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR), Moreira Franco, faz com que a situação do equipamento, na Capital, seja a mais preocupante dentre os aeroportos brasileiros que passam por intervenções para a Copa do Mundo de 2014. Divididas em duas etapas, parte das obras deve ser entregue, em março de 2014, e as demais até 2017.
Durante uma entrevista coletiva concedida, no Centro Aberto de Mídia, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (17), onde a Secretaria de Aviação divulgou o balanço do funcionamento dos aeroportos, no primeiro fim de semana da Copa das Confederações, o ministro explicou que foram constatados atrasos, em vários aeroportos, porém o mais delicado é o de Fortaleza. “Nós não temos plano B, nós só temos plano A. O calendário está definido e esses aeroportos precisam está em condições de operar com capacidade para atender à demanda que teremos”, declarou.
Conforme Moreira, tendo em vista que o ritmo da obra, que custará R$ 337 milhões, é extremamente lento, a Secretaria da Aviação já está em conversação com o consórcio CPM Novo Fortaleza (formado pelas empresas Consbem Construções, Paulo Octávio Investimentos Imobiliários e MPE Montagens e Projetos Especiais), responsável pela intervenção. “Nós estamos nos reunindo com o consórcio que é o mesmo do Galeão [Aeroporto Internacional do Galeão-Tom Jobim, no Rio], para que os problemas que existam, nós possamos resolvê-los a fim de garantir o cumprimento do calendário”, afirmou.
CRONOGRAMA
Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a execução segue o cronograma previsto pela própria Infraero. Este ano, entre abril e maio, as intervenções no equipamento foram paralisadas durante 24 dias, devido à greve dos trabalhadores do consórcio que reivindicavam, dentre outros, reajuste salarial.

De acordo com a Infraero, na última sexta-feira (14) ocorreu a primeira entrega do empreendimento, com a conclusão dos serviços do pátio remoto para estacionamento de aeronaves. A nova área do pátio remoto, segundo o órgão, tem aproximadamente 23.828 m² e amplia em seis posições a capacidade para receber aeronaves.
FASES DA OBRA
Ainda, na primeira etapa das obras, o Aeroporto terá o terminal expandido de 38,5 mil m² para 90,4 mil m² e o pátio de manobra passará de 52,9 mil m² para 57,7 mil m², além da adequação do sistema viário. As intervenções, nesta primeira fase, terão investimentos na ordem de R$ 200 milhões.

Na segunda fase, a perspectiva é que o terminal chegue a 133.829mil m² e a capacidade anual do Aeroporto passe de 6,2 milhões para 8,6 milhões de passageiros. Com a ampliação, o Aeroporto ganhará ainda noves pontes de embarque (totalizando 16), seis escadas rolantes, 12 elevadores, 40 balcões de check-in e cinco esteiras de restituição de bagagem.

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