O presidente da Federação Nacional dos
Médicos (FENAM), Geraldo Ferreira, se reuniu com os assessores jurídicos
dos sindicatos para tratar do enfrentamento ao governo federal e
aproveitou para anunciar à imprensa as novas medidas que serão tomadas. A
primeira trata-se do desligamento de seus membros nas comissões que
compunham junto ao Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e
Agência Nacional de Saúde Suplementar. A segunda diz respeito a ações
judiciais que serão tomadas para a derrubada da MP 621/2013, a qual
institui o Programa Mais Médicos. Os encontros aconteceram na sede da
entidade nesta sexta-feira (19), em Brasília.
11 Comissões que a FENAM participava
junto ao governo, começam a receber ofícios informando sobre seu
desligamento. Ferreira explica que não faz sentido a categoria
participar de grupos para solucionar os problemas da saúde brasileira e
os médicos não serem ouvidos. “Nós entendemos que o governo está com uma
série de comissões nos usando, dizendo que temos voz, quando na verdade
está nos enganando”.
Já na vertente judicial, a FENAM está
em tratativas com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais
Universitários Regulamentados (CNTU) para o ajuizamento da ADIN junto ao
Supremo Tribunal Federal (STF) e dará entrada na próxima terça-feira
(23) no Judiciário Federal com ação civil pública contra a MP 621/2013.
No âmbito estadual, os sindicatos
médicos vão ser orientados a alegar na justiça a desconformidade do
texto da Medida com a lei e com a própria Constituição Federal, bem como
a ilegalidade dos convênios entre os estados e municípios para a
importação dos médicos. Também há orientação para promover representação
junto aos Tribunais de Contas locais a fim de averiguar o direito da
contratação sem concurso. Ainda para aqueles médicos que assumirem as
vagas do Programa, poderão contar com a iniciativa da FENAM no
Ministério Público do Trabalho para questionar a falta dos direitos
trabalhistas.
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