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Quem caça, acha


PF deflagra operação contra fraudes no CE
A Polícia Federal, com ajuda da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou, ontem, a Operação “1905”, que investiga fraudes relacionadas à execução do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em São Paulo, Ceará e Distrito Federal. Conforme a PF, no total, oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, foram cumpridos, sendo seis na cidade de São Paulo, um em Brasília, e um, em Fortaleza.
Segundo as investigações, um suposto “esquema”, que envolve instituições financeiras, correspondentes bancários, empresas de fachada e seus respectivos responsáveis estaria desviando recursos destinados à construção de casas populares nos três estados, em municípios com menos de 50 mil habitantes.
EX-SERVIDORES
Há indícios de que ex-servidores, do Ministério das Cidades, estariam atuando no esquema. A participação dos mesmos seria a partir do conhecimento adquirido e da suposta influência junto ao órgão. Em alguns casos, os ex-servidores, atuariam junto ao Programa prestando serviços inexistentes e também recebendo uma espécie de “pedágio”, cobrado das empresas contratadas para a construção de unidades habitacionais que, segundo informações, jamais foram construídas.
De acordo com a PF, as empresas investigadas atuavam, respectivamente, na concessão e fiscalização da implantação das obras, na indicação das construtoras, medição das intervenções, liberação dos recursos e construção das casas. Desta forma, o grupo atuava em todas as fases do MCMV acumulando funções incompatíveis entre si.

CRIMES
Os investigados poderão responder por crime contra o Sistema Financeiro Nacional, estelionato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, cujas penas podem atingir 32 anos de prisão. A Polícia ainda não identificou quantas famílias foram prejudicadas e o montante de dinheiro público que foi desviado.
O nome escolhido para a Operação, chamada de “1905”, é a representação, em algarismos romanos, da sigla do programa habitacional MCMV. O código era usado entre os suspeitos durante as investigações para transmitir informações sigilosas sobre o assunto sem levantar suspeitas.

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