Aécio e Campos: cinco pactos para 2014.
Potenciais candidatos a presidente em
2014, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) selaram cinco "pactos"
durante jantar anteontem na casa do governador de Pernambuco, no Recife.
Os pontos acordados pelos dois presidenciáveis representam uma espécie
de protocolo de não agressão nesse momento de pré-campanha, e miram o PT
e a presidente Dilma Rousseff, cuja base o PSB de Campos integra.
O primeiro ponto acertado é que PSDB e
PSB, partidos que ambos presidem, votarão contra a minirreforma
eleitoral em tramitação no Senado, que visa encurtar a campanha de 2014 e
reduzir a propaganda política.Campos e Aécio entendem que a proposta,
elaborada pelo peemedebista Romero Jucá (PMDB-RR), tem como propósito
impedir que candidatos pouco conhecidos sejam apresentados aos
eleitores. "Diminuir a campanha é golpe. É preciso tempo para que as
pessoas possam conhecer os candidatos'', disse Campos durante entrevista
ao "Programa do Ratinho'', levada ao ar na noite do jantar.
O segundo ponto do pacto selado pelos
pré-candidatos é que eles vão procurar explicitar sintonia nas teses de
defesa do Estado e da democracia'', segundo o senador Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB), presente ao encontro. Ambos deram aval à decisão do diplomata
Eduardo Saboia de trazer ao Brasil o senador boliviano Roger Molina.
Não foi combinado, garantem, mas a ideia é repetir esse tipo de
posicionamento. Na breve entrevista que concedeu após o jantar, Campos
ressaltou essa convergência'' na defesa dos preceitos democráticos. "Não
podemos fragilizar esses valores republicanos só porque tem o ano
eleitoral'', disse.
O terceiro ponto de acordo foi que ambos farão publicamente a defesa do equilíbrio fiscal por parte da União.
O quarto pacto é de compromisso com o
contraditório e o amplo debate'' de ideias. Trata-se de um recado direto
a Dilma, a quem o governador de Pernambuco tem criticado por, segundo
ele, ser pouco afeita ao diálogo.
Por fim, Campos e Aécio fizeram um
balanço das sucessões nos Estados e enumeraram aqueles em que será
possível unir PSDB e PSB e formar palanque duplo''. Os casos com
negociações mais avançadas são: São Paulo e Paraná, mas há também
tratativas em curso em Minas Gerais, Paraíba e Piauí.
(Folha de São Paulo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário