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Chefa nova em Brasilia


Chega a Brasília a nova embaixadora dos EUA

Desembarca em Brasília nesta segunda-feira a nova embaixadora dos EUA, Liliana Ayalde. Ela chega em má hora. Vai colher a tempestade resultante dos ventos semeados na gestão do antecessor Thomas Shannon. Dilma Rousseff está na bica de anunciar o cancelamento de sua viagem a Washington, em 23 de outubro. E não há muito que Liliana possa fazer.
Dilma executa a coreagrafia do cancelamento desde sexta-feira, dia em que ouviu a opinião favorável de Lula numa reuniu em Brasília. No sábado, o porta-voz do Planalto, Thomas Traumann (que não se perca pelo nome!), tratou do tema no Twitter: “Decisão sobre visita de Estado aos EUA só será tomada depois de encontro da presidente Dilma com o ministro [Luís Alberto] Figueiredo”, provavelmente nesta terça (17).
Tomada pelo que diz em privado, a presidente brasileira tratará os EUA à moda americana. Em Washington sempre que um presidente americano está em baixa, a saída para unir a nação em seu apoio é mandar bombardear outro país. À procura da popularidade perdida nas ruas de junho, Dilma não dispõe de bombas. Mas avalia que atrairá solidariedade generalizada se atirar o cancelamento da viagem na cara de Obama. Considerando-se a nota chocha divulgada na semana passada, a Casa Branca não deixou muita alternativa para Dilma.
Veja a íntegra da nota da Casa Branca

Comunicado da porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC), Caitlin Hayden, sobre a reunião da assessora de Segurança Nacional, Susan E. Rice, com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo

13 de setembro de 2013
CASA BRANCA
Escritório do Secretário de Imprensa
PARA DIVULGAÇÃO IMEDIATA
11 de setembro de 2013
No encontro do presidente Obama com a presidente Dilma Rousseff na semana passada em São Petersburgo, o presidente deixou claro que entendemos as preocupações do Brasil e de outros países sobre determinadas atividades de coleta de informações de inteligência supostamente feitas pelos Estados Unidos e comprometeu-se a trabalhar em canais diplomáticos para responder a essas preocupações. Como parte desse diálogo, hoje a conselheira de Segurança Nacional, Susan Rice, recebeu na Casa Branca o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.
Os Estados Unidos e o Brasil desfrutam de uma parceria forte e estratégica baseada em nossos interesses comuns como democracias multiculturais e grandes economias. O Brasil é um grande parceiro comercial dos Estados Unidos, com mais de US$ 100 bilhões em comércio bilateral em bens e serviços em 2012. Laços comerciais e investimentos cada vez maiores entre os dois países estão criando empregos nos Estados Unidos e contribuindo para o desenvolvimento de uma indústria avançada no Brasil e para a maior competitividade dos dois países. Continuamos a buscar uma importante e abrangente agenda comum que inclua paz e segurança internacionais, energia, questões financeiras globais e segurança alimentar, entre outros tópicos.
Como afirmou o presidente anteriormente, sua equipe de segurança nacional – fundamentada no trabalho de especialistas – está realizando uma ampla análise para examinar as atividades de inteligência dos EUA e garantir que sejam adequadamente ajustadas e reflitam as decisões de políticas sobre o que devemos fazer em contraposição ao que podemos fazer. O presidente procura garantir que nossas atividades sejam compatíveis com nossos interesses nacionais mais amplos, inclusive nossas relações com parceiros importantes.
A conselheira de Segurança Nacional, Susan Rice, disse ao ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que os Estados Unidos entendem que as recentes revelações na imprensa – sendo que algumas distorceram nossas atividades e algumas levantam questões legítimas de nossos amigos e aliados sobre como essas capacidades são empregadas – criaram tensões na forte relação bilateral que temos com o Brasil. Os Estados Unidos estão comprometidos a trabalhar com o Brasil para enfrentar essas preocupações, enquanto continuamos trabalhando juntos em uma agenda comum de iniciativas bilaterais, regionais e globais.


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