Deu no "Juanorte".




Caberá à Justiça o desfecho final sobre mais esse escândalo protagonizado pelo bispo Fernando Pânico. Como é que um bispo vende casas da Diocese para agiotas e depois continua cobrando e recebendo dos inquilinos o dinheiro dos aluguéis? É assomboso! Curiosamente, e ao mesmo tempo espantosamente, é o mesmo bispo que há dois anos acusou de estelionatário o saudoso vigário do Juazeiro, Padre Murilo Barreto, autêntico sucessor do Padre Cícero por mais de 40 anos na Paróquia de Nossa Senhora das Dores.
BISPO DE CRATO INVESTIGADO PELA
POLÍCIA POR CRIME DE ESTELIONATO
Denunciado ao Ministério Público por negociatas de imóveis da Diocese com agiotas,, o bispo de Crato, Fernando Pânico(foto), está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará por crime de estelionato. Quem está no comando das investigações é a delegada Lorna Aguiar, que tem 30 dias para conclusão do inquérito. Durante essa semana, ela ouviu 10 dos inquilinos de 65 casas vendidas que fizeram a denúncia ao Ministério Público. Segundo eles, mesmo depois de ter transferido os imóveis em cartório para os agiotas para pagar dívidas, o bispo continuou cobrando e recebendo os aluguéis, o que configura crime de estelionato pelo Código Penal Brasileiro.
Foto: Bispo de Crato, Fernando Panico
De acordo com o Código Penal brasileiro, o estelionato é classificado como crime econômico, que atenta contra o patrimônio, (Título II, Capítulo VI, Artigo 171), sendo definido como "obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento." Pena é de 1 a 5 anos de reclusão e multa. É o crime chamado pela bandidagem de 171 e assim conhecido popularmente. Para que os leitores entendam a diferença entre reclusão e detenção, o Juanorte lembra o artigo 33 do Código Penal Brasileiro: “Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado”. Ou seja, o bispo de Crato corre o risco de ser preso, caso seja confirmado o estelionato e seja condenado pela Justiça. Agora, a delegada Lorna Aguiar disse ao Juanorte que vai aguardar que os demais inquilinos prejudicados compareçam espontaneamente para depoimentos e caso não apareçam serão procurados. Além do estelionato, eles acusam o bispo de ter vendido os imóveis sem respeitar o direito preferencial de compra pelos inquilinos, segundo o artigo 27 da Lei 8.245/91: “Art. 27 – No caso de venda, promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de direitos ou dação em pagamento, o locatário tem preferência para adquirir o imóvel locado, em igualdade de condições com terceiros, devendo o locador dar-lhe conhecimento do negócio mediante notificação judicial, extrajudicial ou outro meio de ciência inequívoca.” Esta prerrogativa do inquilino, deverá ser exercida dentro do prazo de 30 dias, após ter recebido a notificação, sob pena de decair de tal direito, conforme bem preceitua o art. 28 da aludida lei. Após ouvidos todos os denunciantes, a Polícia Civil do Ceará ouvirá o bispo Fernando Pânico para que ele apresente esclarecimentos e sua defesa. Concluído o inquérito, ele será remetido para a Justiça que o encaminhará ao Ministério Público a quem caberá a formalização da denúncia. Consciente de sua árdua missão e de que poderá sofrer pressões, a delegada Lorna Aguiar garante que cumprirá seu dever, investigando o que tem de ser investigado. Segundo ela, se durante o inquérito sobre estelionato, se confirmarem os indícios de formação de quadrilha, a partir do envolvimento de mais de três pessoas da cúria diocesana como tem sido noticiado, o bispo também será investigado por esse crime. Caberá à Justiça o desfecho final sobre mais esse escândalo protagoni\zado pelo bispo Fernando Pânico. Como é que um bispo vende casas da Diocese para agiotas e depois continua cobrando e recebendo dos inquilinos o dinheiro dos aluguéis? É assomboso! Curiosamente, e ao mesmo tempo espantosamente, é o mesmo bispo que há dois anos acusou de estelionatário o saudoso vigário do Juazeiro, Padre Murilo Barreto, autêntico sucessor do Padre Cícero por mais de 40 anos na Paróquia de Nossa Senhora das Dores.Essa acusação, que consta de ação judicial do bispo contra o empresário Francisco Pereira, para se apossar de terreno deixado pelo Padre Cícero, que jamais pertenceu á Diocese de Crato e foi vendido pelo vigário ao empresário, tudo quitado e escriturado, causou tremenda revolta e protestos do povo do Juazeiro depois que foi divulgada pelo Juanorte sob manchete: “Bispo agride memória do Padre Murilo”. Como resposta, o povo do Juazeiro foi ás ruas em passeata de protesto mandando em faixas um recado direto: “Dom Fernando, Padre Murilo não é ladrão”. Foi esse mesmo bispo que acusou de falsário o empresário juazeirense Francisco Pereira por ter usado para escrituração do terreno uma procuração do Padre Murilo, já falecido, mas legalmente aceita pelo Cartório Machado,do Juazeiro.Dois anos depois, agora é o mesmo bispo Fernando Pânico quem está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará por crime de estelionato. Entre os católicos do Juazeiro, fiéis devotos do Padre Cícero, não há dúvidas: trata-se de castigo para quem acusou injustamente, maldosamente, Padre Murilo, um sacerdote exemplo de humildade, sinceridade, honestidade, lealdade, moralidade, e sobretudo fidelidade ao Padre Cícero. É o efeito bumerangue para quem fez acusação irresponsável, jogando na lama a honra de um religioso respeitado por suas virtudes em todo o Nordeste brasileiro. Para muitos católicos do Juazeiro, o bispo Fernando Pânico, ao agredir a honra do Padre Murilo, agrediu o próprio Padre Cícero e por isso agora está tendo o castigo merecido com o retorno da acusação de estelionato no âmbito do Ministério Público, da Polícia e da Justiça. É um castigo para lavar a honra do Padre Murilo e conforme está dito no próprio Evangelho: “Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido”. Diante de tudo isso, moralmente abatido pela perda de credibilidade, confiança e respeito, do ponto de vista estritamente religioso só resta uma alternativa ao bispo Fernando Pânico: renunciar ao cargo de Bispo de Crato e deixar o Cariri voltando para sua Itália. Para o bem da própria Igreja Católica do Ceará cuja história, infelizmente, tem sido marcada por atuações desastradas e desastrosas de bispos intempestivos, arrogantes e autoritários, desde o segundo, Joaquim Vieira, principal algoz do Padre Cícero, Patriarca do Juazeiro. Lamentavelmente!

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