Fico, diz Cid.


Governador Cid Gomes nega saída do PSB
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), negou que sairá do PSB, apesar das discordâncias com alguns segmentos da legenda. Segundo explicou, o almoço, hoje, no Palácio Abolição, com o deputado federal Paulinho da Força Sindical (PDT) não significa qualquer intenção de filiar-se ao Partido Solidariedade (PS). “Tenho um relacionamento antigo com Paulinho, irei recebê-lo com cortesia. Não há nenhum interesse político”, garante.
Mas, segundo parlamentares próximos ao deputado, a ideia é atrair o governador para o futuro partido, que deve ter seu processo de criação concluído pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o dia 10/9. Durante o encontro, o diretório da nova legenda, no Estado, se colocará à disposição do governador. “Há essa conversa com o Cid, que vem acompanhando a criação do partido. Ele mostrou interesse em vir ou indicar alguém”, disse o deputado federal Marcos Medrado (PDT/BA) - um dos parlamentares que se preparam para desembarcar no Solidariedade.
A criação, do partido, também é acompanhada de perto por caciques tucanos, que querem levar o Solidariedade para a órbita da provável candidatura do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), à Presidência em 2014. Esse tema foi tratado em reunião, na semana passada, entre um pequeno grupo do PSDB e Paulinho. Então, a investida em Cid Gomes também está no radar dos tucanos, uma vez que ela poderá abrir brecha para ampliar uma reaproximação de Aécio com o governador cearense e o irmão e ex-ministro Ciro Gomes.
LINHA AUXILIAR
Cid tem feito críticas ao projeto presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB. O cearense já manifestou-se a favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, reagiu à articulação pré-eleitoral de Campos com Aécio. “Linha auxiliar do PSDB. Será este o papel do PSB em 2014?”, escreveu no seu Twitter.
DEBANDADA
Se, por um lado, o PSDB faz os cálculos de possíveis ganhos com a criação do Solidariedade, por outro, partidos da base aliada do governo podem ser os principais alvos de debandadas de parlamentares. Apesar de a “infidelidade” não ser tratada abertamente entre os deputados, o PDT, por exemplo, já trabalha com a possibilidade de perder, além de Paulinho da Força e Marcos Medrado, Sebastião Bala Rocha (AP) e João Dado (SP). No PSD, Ademir Camilo (MG) sinalizou internamente o interesse em migrar para o Solidariedade. E os números podem aumentar. Um almoço realizado em Brasília na última quarta-feira pelo advogado do partido, Tiago Cedraz, contou com a participação, segundo alguns presentes, de cerca de 30 deputados federais.
O Solidariedade pediu o registro no TSE em junho. Hoje, o processo de criação do partido está nas mãos do Ministério Público Eleitoral, que deve encaminhá-lo ainda esta semana para o ministro relator Henrique Neves. Caso não seja detectado pelo órgão nenhum problema na documentação, o processo deve ser encaminhado para votação no plenário do tribunal. (Com informações da Agência)

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