Médicos do Odorico já em atendimento. Eita!


Profissionais já atendem na Capital
Rochana Lyvian
rochana@oestadoce.com.br

Vinte quatro médicos do Programa “Mais Médicos”, do Governo Federal, foram empossados na manhã de ontem, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em uma solenidade realizada no Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim. Os profissionais atuarão em 20 Postos de Saúde, distribuídos nos bairros das regionais V e III. Já na da tarde de ontem, os médicos começaram a atender nos postos e a expectativa é de que cada médico atenda, durante todo período do programa, quatro mil pacientes.
O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, afirmou que o “Mais Médicos” resolverá a curto, médio e longo prazo, os problemas da saúde primária. “Com as mudanças que nós temos que fazer na formação e na residência, vamos ter médicos suficientes para começar a prover as equipes do Programa da Família”, garantiu.
Odorico disse ainda que, além das 15 mil vagas declaradas para serem preenchidas em todos os municípios do Brasil, 11 mil novas deverão ser criadas em faculdades federais, municipais e privadas, fora 12 mil vagas para os residentes. “A meta em longo prazo, é que para 2026, todas as equipes do Programa da Família possam estar completas, equiparando-se à Inglaterra. Aqui em Fortaleza, os 24 médicos se somarão aos 110 do Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (Provab). Ao todo, serão 130 médicos articulados pelo Ministério da Saúde”, ressaltou.
No que diz respeito à infraestrutura, afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) autorizou até 2015, investimentos da ordem de R$ 15 bilhões, o que segundo ele, dá para construir, reformar e equipar 800 hospitais, além de 600 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no País.

Críticas
Sobre as críticas ao programa e ao repúdio por parte do Sindicato dos Médicos do Ceará (Semec), Odorico avaliou que as críticas fazem parte da democracia do Brasil. “O contraditório é fundamental no exercício cotidiano da democracia. Na ausência de médicos para preencher as vagas, nós estamos trazendo médicos formados de fora do Brasil, na modalidade intercambistas, onde passarão três anos no Brasil, sendo acompanhadas pelas universidades federais, escolas de saúde pública, além de outra modalidade, que é a colaboração por meio da Organização Mundial da Saúde (OMS), como Cuba”, disse.
O secretário da Regional V, Ramon Oliveira, afirmou que os médicos empossados é uma forma de recuperar uma deficiência de uma regional, que tem cerca de 500 mil habitantes. Na divisão dos profissionais, a região recebeu 22 médicos, enquanto a Regional III recebeu apenas dois. “Além de reforçar o número dos profissionais, o que a gente espera até o final do ano, é dar uma melhor condição de infraestrutura, diferente de como foi recebido da antiga gestão. A partir do próximo ano, com as medidas que estão sendo tomadas agora, a gente conseguirá dar uma resposta significativa à população da Regional V”, assegurou.
Já a titular da pasta da Secretária Municipal da Saúde (SMS), Socorro Martins, afirmou que além dos 24 médicos, outros deverão ser chamados, haja vista a carência de profissionais na Capital. “Foi feito um encaminhamento ao Ministério da Saúde, devido à necessidade da convocação de mais de 100 médicos”, informou, explicando que, ao todo, 26 médicos foram convocados para Fortaleza, mas dois desistiram.

Valorizar mais os médicos
O clínico geral, Isaias Arcanjo, participante do programa, afirmou que a expectativa é de mudança e valorização do profissional e da condição humana. “Eu trabalhei em outros estados e municípios atendendo as pessoas e você enxerga um sistema que não te valoriza, mas requer que você valorize os outros. Que esse programa venha para mudar. Se o projeto é de valorização, este é o primeiro passo. É preciso valorizar a condição humana, sem barreiras, sem fronteiras, a gente precisa enxergar a humanidade e nós”, contou.

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