O encarregado de negócios Eduardo Saboia, responsável pelo ato
heroico que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina ao Brasil será
convocado pelo Itamaraty a voltar ao trabalho. Saboia estava afastado
desde a viagem não autorizada que de La Paz a Corumbá, no Acre, para
trazer o senador asilado. Saboia tomou a atitude preocupado com o estado
de saúde do senador, que viveu trancafiado na Embaixada do Brasil na
Bolívia por 452 dias desde que se tornou asilado diplomático do Brasil.
Eduardo Saboia será chamado para se apresentar ao Ministério das
Relações Exteriores até 30 de setembro e voltará ao trabalho no dia 1º
de outubro. Advogado do diplomata, Ophir Cavalcante, alega ter entrado
com pedido para que o Saboia voltasse ao trabalho. “O pleito de retornar
às atividades demonstra o seu compromisso com a nação, pois ele recebe
salário e sem trabalhar”. A assessoria de imprensa do Itamaraty informa
que Saboia assumirá nova função no Brasil, que ainda não foi divulgada.
Desde que trouxe Molina ao Brasil, Saboia é alvo de investigações de
uma comissão de sindicância, formada por dois embaixadores e um auditor
da Receita Federal. A sindicância continua a investigação, mas agora com
Saboia trabalhando. O grupo apura responsabilidades do diplomata na
retirada do senador de La Paz. Saboia é acusado de quebra de hierarquia
por não ter “esperado” a autorização para a viagem. A defesa nega porque
ele tem autonomia diplomática.
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