Onze médicos desistem de atuar em Fortaleza
As causas das desistências, de acordo com a SMS, é a carga horária de 40 horas semanais e o local de trabalho. Segundo a assessoria de comunicação da Pasta, durante a conversa de acolhimento com o prefeito, os profissionais manifestaram a vontade de flexibilização da carga horária, porém, conforme determinado pelo Programa às 40 horas deveriam ser cumpridas em atendimento, não podendo ser revestidas em tempo de estudo.
A SMS alega que a localização dos 20 postos de saúde, nas Regionais III e V, também não contemplou a vontade de alguns médicos, que desejavam atuar nas Regionais II e IV, por já terem “algum vínculo” com espaços de moradia na área. Com as desistências, apenas 15 profissionais começam atuar hoje integrando as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) da rede municipal, sendo dois em postos da Regional III e 13 na Regional V.
COMPENSAR AUSÊNCIA
Ainda segundo a SMS, não tem ainda como compensar a ausência desses profissionais, no entanto, ao ser comunicada, oficialmente, sobre as desistências, a secretária Socorro Martins afirmou que irá cadastrar o Município para a segunda etapa do programa, buscando reaver esse preenchimento.
Ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre as desistências de médicos brasileiros selecionados, na primeira etapa do programa. Nesta fase, a apresentação dos profissionais deverá ocorrer até o dia 12 de setembro. Conforme o Ministério da Saúde, algumas secretarias municipais de Saúde já relataram desistência. “Isso só revela um drama que os municípios têm em seleções públicas, que é aguardar, às vezes, alguns dias, até a confirmação do profissional médico”, disse Padilha.
BALANÇO OFICIAL
Oficialmente, o Ministério ainda não fez um balanço sobre a quantidade de médicos que desistiram de trabalhar no Programa. Conforme informado pelo ministro, hoje, ele deverá ter acesso aos primeiros dados sobre as ocorrências, já que a coordenação nacional do programa e as coordenações estaduais iniciaram contato com todos os municípios participantes.
Até hoje, segundo o Ministério, todas as Prefeituras terão de informar se o médico já se apresentou e se já justificou atrasos no início do atendimento à população. Ainda segundo a Pasta Federal, as secretarias municipais podem colocar as vagas, que seriam ocupadas pelos médicos desistentes, à disposição dos 3.016 profissionais inscritos na segunda etapa do programa.
O ministro ressaltou ainda que caso as vagas não sejam ocupadas, o Ministério da Saúde “fará de tudo, estimulando profissionais brasileiros ou estrangeiros, para ocupá-las garantindo o atendimento da população”. Ele enfatizou ainda que a carga horária de 40h não será flexibilizada.
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