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Servidores do IFCE paralisam atividades nesta sexta e realizam assembleia no Campus Fortaleza


Professores e técnicos administrativos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE paralisam suas atividades nesta sexta-feira, 13/9. A paralisação culminará com a realização de Assembleia Geral dos servidores, às 15h30, no Campus Fortaleza (Av. 13 de Maio, 2081, Benfica). A mobilização decorre da falta de resposta concreta da Reitoria a diversas reivindicações, como o pagamento de retroativos salariais devidos aos docentes, o combate ao assédio moral no IFCE e a realização de consulta para Diretor Geral dos diversos campi do Instituto no Estado
O Sindicato dos Servidores do IFCE – SINDSIFCE destaca que a paralisação das atividades e a realização da Assembleia Geral reforçam a mobilização em busca de respostas para reivindicações e problemas que vêm sendo tratados há bastante tempo, sem solução por parte do Instituto. Entre os pontos pendentes estão o pagamento do chamado "retroativo docente" - diferenças salariais devidas a professores com títulos de especialização, mestrado e doutorado que, durante três anos, receberam remuneração abaixo da devida, em nível correspondente ao de professores sem pós-graduação.
"A Reitoria reconheceu o problema, realizou a progressão docente, mas pagou somente a primeira parcela do retroativo devido a esses professores. As demais parcelas continuam pendentes, sem data para pagamento. Os professores precisam de uma definição. Estamos cobrando pagamento imediato desse retroativo, sem morosidade", destaca o professor David Montenegro, secretário de Política Sindical do SINDSIFCE. “Há mais de um ano foi confirmado o direito dos professores a esse retroativo, mas até agora o pagamento não aconteceu”, reforça o professor Venicio Soares, coordenador geral de Formação Política e Relações Sindicais do SINDSIFCE.
Outra reivindicação é o estabelecimento de consulta à comunidade de cada um dos 14 campi do IFCE no Interior que têm menos de cinco anos de atividades, para definição do Diretor Geral de cada unidade. "A escolha do diretor geral desses campi é feita hoje por indicação do Reitor. Isso fere a concepção de gestão democrática, desagrega a comunidade de cada campus, que não se sente participante, cria uma distância entre professores, técnicos administrativos, estudantes e a direção", avalia Diego Gadelha, secretário de Política de Pessoal do SINDSIFCE. “Defendemos que cada um desses 14 campi possa escolher seu Diretor Geral, mediante consulta, acatada pela Reitoria”.

Na Assembleia desta sexta-feira será proposta a elaboração, durante a reunião, de um documento a ser entregue à Reitoria, com as diretrizes defendidas pelos servidores para a consulta para Diretor Geral de cada campus. Mantendo o seu compromisso de trabalhar coletivamente suas reivindicações, o SINDSIFCE conclama seus filiados para pensar coletivamente os critérios para a consulta de Diretor Geral, definindo diretrizes que apresentaremos à Comissão encarregada de elaborar as normas para a consulta”, ressalta Venicio Soares, do SINDSIFCE.
Assédio moral
O combate ao assédio moral no IFCE, condenado em primeira instância pela Justiça por um caso registrado no campus Quixadá, também está na pauta da Assembleia desta sexta-feira. "Esse é um caso gravíssimo, em que houve condenação judicial ao IFCE, pela comprovação da prática de assédio moral", destaca David Montenegro,do SINDSIFCE.
O Sindicato cobra da Reitoria ações condizentes com a gravidade do caso, com a perda dos cargos de gestão e com a instalação de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os três diretores.

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