Servidores do IFCE realizam nesta sexta-feira assembleia geral e paralisação
Professores e técnicos
administrativos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
- IFCE realizam assembleia geral nesta sexta-feira, às 15h30, na
Reitoria do Instituto, e estão em indicativo de paralisação de atividades no
mesmo dia. Definido na última Assembleia Geral dos servidores, em
30/8, o indicativo decorre da falta de resposta da Reitoria a diversas
reivindicações, como o pagamento de retroativos devidos aos docentes, o combate
ao assédio moral no IFCE e a realização de consulta para diretor
geral dos diversos campi do Instituto no Estado
Em ofício
enviado ao Gabinete do Reitor no último dia 2/9, a Diretoria Colegiada do Sindicato
dos Servidores do IFCE - SINDSIFCE solicita a realização da audiência, como
forma de buscar respostas concretas para reivindicações e problemas que vêm
sendo tratados há bastante tempo, sem solução por parte do IFCE. Entre os pontos pendentes estão o pagamento do chamado
"retroativo docente" - diferenças salariais devidas a professores com
títulos de especialização, mestrado e doutorado que, durante três anos,
receberam remuneração abaixo da devida, em nível correspondente ao de
professores sem pós-graduação.
"A
Reitoria reconheceu o problema, realizou a progressão docente, mas pagou
somente a primeira parcela do retroativo devido a esses professores. As demais
parcelas continuam pendentes, sem data para pagamento. Os professores precisam de uma definição. Estamos cobrando pagamento
imediato desse retroativo, sem morosidade", destaca David Montenegro,
secretário de Política Sindical do SINDSIFCE. "Essa é uma questão central
para os professores e servidores, inclusive para a paralisação das
atividades", aponta.
Outra
reivindicação é o estabelecimento de processo de consulta à comunidade de cada
um dos 14 campi do IFCE no Interior que têm menos de cinco anos de atividades, para definição do
Diretor Geral de cada unidade. "A escolha do diretor geral desses campi é
feita hoje por indicação do Reitor. Isso fere a concepção de gestão
democrática, desagrega a comunidade de cada campus, que não se sente
participante, cria uma distância entre professores, técnicos administrativos,
estudantes e a direção", avalia Diego Gadelha, secretário de Política de
Pessoal do SINDSIFCE.
"Defendemos
que cada um desses 14 campi possa
escolher seu Diretor Geral, mediante consulta, com a Reitoria acatando o nome
indicado pelos professores, técnicos administrativos e estudantes",
enfatiza Diego Gadelha, reforçando que uma gestão democrática, que leve em
conta a realidade de cada região onde o IFCE está presente, é essencial para a
busca de melhorias, para a qualidade de ensino e o combate ao assédio moral.
Assédio
moral
O caso de
assédio moral registrado no campus Quixadá, que levou à condenação judicial do IFCE, também está na pauta levada pelo SINDSIFCE à Reitoria do Instituto. A
servidora Iandra Raquelly Brito de Oliveira foi vítima de assédio moral,
constatado em maio de 2011 e praticado por três gestores.
Na
sentença em primeira instância, o juiz Nagibe de Melo condena o IFCE a pagar à servidora R$ 20 mil em indenização por danos morais e destaca
que "o assédio moral caracteriza-se pela conduta abusiva, repetitiva e
prolongada, de natureza psicológica, que atenta contra a dignidade emocional do
indivíduo", situação confirmada no campus do IFCE em Quixadá.
"Esse
é um caso gravíssimo, em que houve condenação judicial ao IFCE, pela comprovação da prática de assédio moral", destaca David
Montenegro,do SINDSIFCE.
O
Sindicato cobra da Reitoria ações condizentes com a gravidade desse caso, com a
perda dos cargos de gestão e com a instalação de um Processo Administrativo
Disciplinar (PAD) contra os três diretores.
Paralisação
e Assembleia Geral
O
indicativo definido na assembleia dos professores e técnicos administrativos do
IFCE é de paralisação geral das atividades no dia 13/9. A paralisação culminará
com Assembleia Geral dos professores e técnicos administrativos, no mesmo dia,
na sede da Reitoria (Rua José Lourenço, 3000, Joaquim Távora).
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