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Carlos Brikmann
As
autoridades prometem que, daqui pra frente, tudo vai ser diferente, o
torcedor briguento de futebol vai aprender a ser gente. O pior é que não
somos só nós que sabemos que é tudo conversa mole: as autoridades
também sabem.
1 - O mesmo torcedor é preso em Oruro, na Bolívia, e pouco depois
em Salvador, na Bahia. Já esteve em Tóquio, no Japão. De onde tira
tanto dinheiro?
2 - Um torcedor foi fotografado, na briga das torcidas
organizadas do Atlético Paranaense e do Vasco da Gama, com um porrete
quase do tamanho dele, com pregos na ponta. Por mais ingênuo que seja o
policial, ou o porteiro, ou o segurança, que é que imaginou que ele
pretendia fazer no estádio com o porrete? OK, temos de admitir que há
possibilidades diversas, mas com pregos na ponta?
3 - Um ex-vereador de Curitiba, Juliano Borghetti, do PP, membro
do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, membro da Comissão Especial
para Assuntos da Copa 2014, superintendente da Ecoparaná, aliado do
governador tucano Beto Richa, foi fotografado no meio da briga de
atleticanos e vascaínos. Enfim, uma autoridade ativa! Pena que sua
atividade seja participar de guerra de torcidas.
A solução para pacificar os estádios é simples: a mesma da Inglaterra, e
não há falta de câmeras por aqui. É identificar e punir os baderneiros -
ou com proibição de ir ao jogo, supervisionada pela Polícia, ou com
prisão. E aqui? Por cerca de um ano, funcionou no Ministério da Justiça a
Comissão Técnica de Combate à Intolerância Esportiva. Neste ano não
houve brigas em estádios. Ao assumir, o ministro José Eduardo Cardozo
acabou com ela.
Por que? Perguntem a ele, oras!
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