De acordo com a técnica da Secretaria de Saúde do Ceará, Lilian Beltrão Alves, os novos leitos já estarão disponíveis para a população até o final deste ano. “Existe uma proposta da secretaria para ampliação de leitos de UTI no Ceará. A proposta é a gente fazer a descentralização do atendimento e, por conta disso, o Estado investiu na construção do Hospital de Quixeramobim. Lá, estão previstos 40 leitos. O hospital já está com a estrutura pronta, em fase de aquisição de equipamento. Acredito que no 1º semestre de 2015 ele comece a funcionar. Além desses leitos, no Hospital Universitário Walter Cantídio, também está prevista a construção de mais 40 leitos. A conclusão é para o final deste ano. Com isso teremos 80 leitos de UTI no sistema”, afirmou.
NOVOS NÚMEROS
Após a audiência, o gerente do Complexo Regulatório da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Mozart Rolim, informou que a necessidade de 150 leitos foi contabilizada mediante um período de pico. “Existem tempos em que a demanda é grande mesmo. Mas, a média de pessoas na fila de espera gira em torno de 60 a 80. Vamos mostrar um documento mais consistente comprovando isso, mas o Estado já mostra interesse da ampliação através de projetos consolidados”, argumentou.
Diante dos projetos, o defensor público federal e autor da Ação Civil Pública (ACP), Filippe Augusto, avaliou como positiva a audiência. “Com os novos dados apresentados, vamos rever os números para não tomarmos nenhuma medida precipitada. Mas foram notícias boas, os entes estão se comprometendo a construir os 80 leitos, e esse já é um ponto para começar”, ponderou.
O próximo passo para o início da resolução da falta de leitos de UTI no Ceará está marcado para ter continuidade ainda em fevereiro. “Os entes apresentaram dados que não tinham sido fornecidos ainda, mas, para averiguarmos a veracidade da informação, pedimos a listagem com o nome dos pacientes que ficaram na fila em 2014. Esses dados devem ser apresentados no final do mês e, assim, daremos prosseguimento. Depois disso, firmaremos, por meio de um acordo judicial, algo que vincule todas as partes ao que eles entendem que é o ideal para atender a demanda da população”, informou.
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