Brasileiro condenado por trote sobre bomba em avião dos EUA é libertado
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Reprodução/Facebook
Francisco Fernando Cruz passou pouco mais de um ano em um centro de detenção no Estado da Geórgia
Cruz foi preso em 9 de janeiro e, mesmo libertado em 10 de janeiro deste ano, precisou aguardar mais um mês e dez dias em detenção na Geórgia antes de deixar os Estados Unidos por conta de problemas com a documentação da extradição. De acordo com a lei norte-americana, ele não poderá mais voltar ao país.
A advogada Patrícia Fernanda Rodrigues Del Mastro, que representa a família, conta que Francisco e a família decidiram não falar com a imprensa no momento, mas que ele está muito feliz em voltar para casa e quer aproveitar ao máximo o reencontro com seus parentes. "Ele está há mais de dois anos sem ver a família, quer reencontrar todos e principalmente descansar. Depois disso, vai falar sobre tudo o que ocorreu", disse.
Ainda segundo Patrícia, a família já havia sido comunicada da data da viagem de Francisco ao país, mas optou por não divulgar a data justamente para evitar o contato com a imprensa.
O caso
Depois de passar um ano fazendo um curso de especialização em marketing, Francisco estava em Miami, no dia 9 de janeiro de 2014, de onde embarcaria em um voo da TAM Linhas Aéreas com destino a Brasília.Um dia antes ele havia utilizado um computador da Montclair State University, no Estado de Nova Jersey (a cerca de 2.000 km de Miami), para enviar e-mails informando a polícia de Miami e a TAM sobre a suposta bomba.
O departamento de polícia da cidade norte-americana rastreou a origem da mensagem e conseguiu uma foto, feita pela câmera do computador de onde ele mandou a mensagem, que mostrava o estudante no momento do envio das mensagens. Em um dos e-mails, ele dizia: "O voo não deve decolar. Alvejado. Ele vai cair. Retaliação".
Ele foi identificado e os policiais chegaram até Francisco ainda no aeroporto, antes do embarque para Brasília. A bagagem dele foi revistada e nada foi encontrado, mas ele foi detido e enviado a uma delegacia, onde assumiu ser o autor das mensagens.
Em entrevista concedida ao UOL em janeiro, a mãe de Francisco, Cláudia Cruz, informou que o filho declarou seguidas vezes o arrependimento pela ação, que ele afirmou ser uma brincadeira. "Desde a primeira vez que falei com ele, meu filho diz que está arrependido. Ele achou que não levariam em conta a brincadeira por ser no voo dele. Ele também disse que queria ver se conseguiriam identificá-lo", diz Cláudia. "Ele fez sem pensar, coisa de criança", disse.
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