PSDB quer informação referente a Beija-Flor
O
PSDB vai pedir informações ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio sobre obras financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) na Guiné Equatorial. O líder do
partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), suspeita que recursos do
banco tenham sido usados por empreiteiras brasileiras que teriam
financiado o enredo da escola de samba Beija-Flor, campeã do Carnaval do
Rio.
No
pedido de informações, Cunha Lima questiona o montante de recursos do
BNDES destinado ao financiamento público de obras das empreiteiras no
país africano, assim como pede que o banco relacione as empresas
brasileiras que receberam esses recursos.
“Se
houver financiamento do BNDES a essas empresas, fica clara a
triangulação de um banco público para uma escola de samba, o que não é
justo. Você teria que ter um tratamento igual para todas as outras
escolas”, afirmou o senador. Além do pedido de informações, o PSDB
trabalha pela instalação de CPI mista no Congresso (com deputados e
senadores) para investigar o BNDES. A ideia dos tucanos é incluir as
investigações sobre eventuais obras na Guiné Equatorial nos trabalhos da
comissão de inquérito. “Vamos fazer um pente fino nos financiamentos e
patrocínios do banco. Apenas queremos dar transparência a tudo o que é
feito pelo banco”, afirmou Cunha Lima.
Financiamento
Um
dos carnavalescos da Beija-Flor, Fran-Sérgio, afirmou nesta quinta (19)
que o desfile da escola, que venceu o Carnaval carioca, foi financiado
por empresas brasileiras de construção civil que atuam na Guiné
Equatorial, país homenageado no enredo. O país é uma ditadura comandada
há 35 anos por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que tem uma fortuna
pessoal avaliada em US$ 600 milhões, de acordo com a revista “Forbes”.
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