Polícia prende suspeitos de arrastão na Via Expressa
Da Redação
A Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, prendeu dois homens suspeitos de terem praticado uma série de assaltos na Avenida Almirante Henrique Sabóia (Via Expressa), nas proximidades da Avenida Alberto Sá, no bairro Papicu. A ação criminosa aconteceu na última quarta-feira (20) e foi filmada por um morador que estava próximo ao local. As imagens circularam nas redes sociais e provocaram revolta na população.
Antônio Marcus do Nascimento, 24 anos, e Maurício Ferreira Mendes, de 19 anos, foram presos na madrugada de ontem, na Comunidade do Trilho, localizada próximo ao local do crime. O primeiro já responde na Justiça pelo crime de roubo e o outro por tráfico de drogas. Eles foram autuados por roubo e associação criminosa.
Receptação
Na operação, a polícia prendeu também Francisco Genilson Soares, 18 anos, e Carlos Augusto de Moura, de 31 anos. Segundo a polícia, eles são suspeitos de receptação dos objetos das vítimas. Genilson Soares não tinha antecedentes criminais, mas Carlos Augusto já respondia por receptação. Eles foram capturados com celulares roubados, crack e uma quantia em dinheiro.
Nas imagens, a polícia ainda identificou mais duas pessoas acusadas de participação no crime. No entanto, eles estão foragidos. Os quatro homens foram levados para a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), no bairro José Bonifácio.
Segundo o delegado titular da DRF, Raphael Villarinho, “os suspeitos já eram conhecidos da polícia e para efetuar a prisão, a polícia contou com a colaboração da população”.
Engarrafamento
Ainda segundo a polícia, os assaltantes se aproveitaram de um congestionamento na região devido à colisão de um caminhão. No entanto, o tenente-coronel da Polícia Militar, Andrade Mendonça, falou que “há situações diversas que favorecem a ação criminosa. Alguns se aproveitam de um trânsito mais lento, outros preferem assaltar quando há mulheres no volante ou com o vidro baixo. São situações que o marginal estuda para ver a situação melhor para ele. Não há como generalizar, mas claro que o congestionamento facilita a ação criminosa”.
Policiamento
Em entrevista do jornal O Estado, o tenente-coronel disse que a Via Expressa é assistida por policiais militares do Batalhão de Polícia Comunitária (BPCom - Ronda), Força Tática de Apoio (FTA) e Policiamento Ostensivo Geral (POG) e que existe policiamento de uma dupla a pé nos cruzamentos da Avenida Via Expressa com Padre Antônio Tomás e com Avenida Engenheiro Alberto Sá. A dupla, inclusive, recebeu um reforço de mais policiais. A região também recebeu um reforço de viaturas e moto patrulha. “Reforçamos o policiamento motorizado para percorrer toda a região. Vamos usar a dinâmica das viaturas e motocicletas para fazer uma ação maior na prevenção dos casos. Como a Via Expressa é muito grande, o uso desse tipo de policiamento é mais eficaz”, afirmou, acrescentando que na Via Expressa já existe o policiamento ostensivo. “Nós já vínhamos com o policiamento forte, mas o que as pessoas querem é que tenha uma viatura em cada esquina. Infelizmente não temos condições de efetivo para atender essas necessidades. Fazemos o que está ao nosso alcance”, afirmou.
O tenente-coronel Andrade destacou que o reforço é suficiente para inibir e conter a criminalidade na área. “Esses tipos de assaltos não são comuns na área. Porém, o crime ganha grandes proporções devido à divulgação nas redes sociais. Isso dá uma visibilidade maior ao caso e as pessoas ficam desesperadas”. Andrade disse, também, que a situação na área é controlada. “Não há registro de assaltos todos os dias na Via Expressa, mas também não podemos considerar normal o que aconteceu, pois a Polícia Militar trabalha para que isso não aconteça”, ressaltou.
Latrocínio
Na mesma região, em novembro do ano passado, o pastor da Assembleia de Deus, Paulo César de Araújo, de 46 anos, foi morto com um tiro no peito disparado por um adolescente, após recusar a abrir o vidro do carro para os assaltantes.
Conforme a Polícia Militar, a vítima trafegava na Via Expressa quando foi surpreendido pelos adolescentes. A abordagem aconteceu no momento em que a vítima aguardava a passagem do trem. Araújo voltava do trabalho e estava indo buscar a filha na faculdade. Os moradores que presenciaram o crime informaram que os assaltantes desceram de um trem de carga que passava no trilho, ao lado da via.
Os adolescentes, suspeitos da prática do crime, foram encontrados e apreendidos quatro dias após o ocorrido. A identificação dos suspeitos foi possível devido a um vídeo da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança, gravado por uma câmera instalada na área, que flagrou o momento exato do crime. Eles foram encaminhados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), no bairro São Gerardo.
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