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Pimentel conclama país a defender o estado democrático de direito

Em pronunciamento, o senador apresentou argumentos contra o impeachment  
Em pronunciamento no plenário do Senado, nesta segunda-feira (7/12), o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), manifestou-se contrariamente ao pedido de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff. Pimentel também conclamou a sociedade brasileira a defender o estado democrático de direito, relembrando momentos da história do Brasil, nos quais a democracia foi substituída por regimes autoritários.
O senador destacou a importância da reunião de 30 juristas brasileiros com a presidenta da República, Dilma Rousseff, nesta segunda, quando entregaram um documento contra o impeachment. Pimentel citou o nome de cada um dos especialistas em direito constitucional que assinaram parecer contra o impedimento da presidenta, devido à inexistência de qualquer ato jurídico que justifique a abertura do processo. “O posicionamento desses importantes juristas do país é um grito em direção de que só um crime de responsabilidade pode retirar um presidente do cargo. E a presidenta Dilma não tem um ato sequer que possa configurar crime de responsabilidade”, afirmou.
Pimentel ressaltou também que a presidenta Dilma tem sido perseguida pelo que fez de bom para o país, citando como exemplo o fato de o Brasil ter saído do Mapa da Fome, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU).  O senador lembrou outros períodos da história do Brasil em que as elites articularam golpes políticos para evitar que as classes menos favorecidas fossem beneficiadas por governos democraticamente eleitos. “A elite que hoje está contra a presidenta Dilma é a mesma que lutou contra os presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubtischeck e João Goulart, pois esses conservadores não aceitam que os mais pobres possam participar da riqueza nacional”, destacou.
Ao defender a preservação do mandato da presidenta da República, Pimentel destacou a importância de refletir sobre os riscos do atual momento do país. “É preciso que os democratas do Brasil, aqueles que acreditam no estado democrático de direito, reflitam e não pensem apenas em função do momento econômico que estamos passando”, ponderou.
Pimentel afirmou que a melhor forma de resolver as questões é através do estado democrático de direito. Ele reconheceu que é preciso fazer ajustes na economia, mas ressaltou que “não se justifica um golpe de estado, como algumas pessoas defendem no Brasil”, disse.
O senador classificou o processo de impeachment como um atentado à Constituição brasileira e criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por acolher o pedido de impedimento. “É esta pessoa que enfrenta sérias acusações na justiça, por desvio de recursos, por contas secretas no exterior, que resolve colocar em situação crítica o país, que passa por ajustes fiscais e enfrenta a crise econômica”, concluiu.

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