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Vergonha de ser humano em certas horas. E umas dúvidas que acabam ficando depois de ler notícias

Às vezes, tenho vergonha de pertencer à categoria de “ser humano”, ao mesmo tempo em que há dificuldade de armazenar o volume de doações para os desabrigados, devido ao desmoronamento do prédio no centro de São Paulo, tantas foram as pessoas que atenderam ao pedido, surgiram picaretas que se apropriaram de bens doados e estão vendendo em feirinhas clandestinas. O ser humano, apesar das honrosas exceções, é, realmente, um projeto fracassado.
 Até que enfim, foi reduzido o foro privilegiado de deputados e senadores, mas restaram pontos nebulosos, o que vai dar margem a muita palração quando algum caso de “desaforo” chegar ao STF. Decidiram, mas deixaram lacunas suficientes para que a “bagunça” continue. A articulista do Estadão Eliane Cantanhêde levanta, hoje (4), uma questão: um deputado que agrida sua mulher comete um crime doméstico, mas se agredir uma pessoa em um protesto, por exemplo, teria relação com o mandato?
 Se o que está na Constituição em relação à função social da propriedade fosse cumprido à risca não haveria tanta gente invadindo imóveis, morando em péssimas condições, dando origem a desastres como o do desabamento do prédio no centro de São Paulo. Mas, como se trata de algo que beneficiaria a população, não há empenho, isso só existe quando é para proteger escroques.
 O ator Fábio Assunção envolveu-se em acidente, bateu em três carros. Os PMs que atenderam à ocorrência “cheiraram” que ele estava embriagado, mas ele se negou a fazer o teste do bafômetro. Foi, então,  levado a uma delegacia e, em seguida, ao IML para fazer o exame devido. Foi estabelecida fiança que ele se recusou a pagar, alegando que era indevida, “Sou inocente, foi um acidente que acontece com qualquer um”. Seu advogado declarou, indignado, que o ator não havia bebido, que ele não estava alterado, que a detenção era ilegal. Feito o exame no IML constatou-se que o ator e o advogado mentiram, ele havia bebido. Foi solto após pagar fiança de alto valor e responderá à Justiça em liberdade. Três questões: não é óbvio que alguém que se recusa a fazer o teste do bafômetro está “mamado”? E advogado, pode mentir à vontade, impunemente? A OAB, mais uma vez, vai se omitir?
 Caramba, o tal do info da NET, além de informar errado, mostra erros de português inacreditáveis, “planeja se vingar contra”! Quem sabe, dia destes, alguém vingar-se-á a favor…
(CACALO KFOURI)

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