Cid Gomes articula ‘novo centrão’ no Senado com possibilidade de unir até 50 parlamentares
Por: Reinaldo Azevedo
Com o discurso de maior
“independência” em relação ao governo de Jair Bolsonaro, o senador Cid
Gomes (PDT) trabalha para formar um grande grupo de partidos no Senado,
nos moldes do que foi o Centrão na Câmara. Sua intenção é juntar 12
partidos e uma maioria de 50 senadores em um único bloco ainda antes da
eleição interna, em 1º de fevereiro. A ideia é aproveitar a força do
grupo para propor mudanças e permitir maior distribuição de poderes da
presidência da Casa e na Mesa Diretora.
Até agora, o bloco informal liderado por
Cid antes mesmo de sua posse é formado por quatro siglas,
PDT, PSB, PPS e Rede. O irmão de Ciro Gomes (PDT), derrotado no primeiro
turno da disputa presidencial de outubro, tem se aproximado de
lideranças de outras sete agremiações: PP, PTB, PSC, PSDB, PSD, Podemos,
PRB e DEM. Nas conversas, eles discutem a criação de um agenda única
tanto para a reestruturação de algumas dinâmicas internas do Senado como
para a análise de pautas consideradas importantes para o País.
Entre os nomes que Cid já conversou
estão Tasso Jeiressati (PSDB-CE) e Alvaro Dias(Podemos-PR), que, segundo
pessoas envolvidas nas negociações, se disseram simpáticos à ideia do
blocão, embora ainda não tenham batido o martelo se toparão participar.
Questionado sobre a similaridade com o
Centrão da Câmara, grupo que ficou conhecido pelo fisiologismo, Cid
respondeu que não vê problema na comparação. “Se centrão não é ser
situação e nem é ser oposição a qualquer custo…”, afirma.”
Definitivamente não há identidade ideológica entre esses partidos, mas
há nas linhas de discussão e atuação.” (…)
Por Renan Truffi, no Estadão.
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