Memória preservada

Fux proíbe destruição e exige cópia de trechos hackeados

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux determinou hoje que o Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro, e a Polícia Federal preservem as provas encontradas com os suspeitos de terem invadido contas de autoridades do aplicativo de mensagens Telegram. Fux também determinou que uma cópia do inquérito seja remetida ao STF.
A decisão foi tomada em ação do PDT, na qual o partido pedia que fosse impedida destruição das conversas obtidas pelos quatro suspeitos de invadir celulares de autoridades brasileiras presos durante a Operação Spoofing, deflagrada na semana passada pela Polícia Federal.
No mesmo dia das prisões, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro João Otávio de Noronha, afirmou ter recebido ligação de Moro, informando que ele foi alvo de hackers e que “o material obtido [pela PF] seria descartado para não devassar a intimidade de ninguém”. Na sequência, a PF publicou uma nota oficial sobre o tema na qual afirma que cabe só à Justiça decidir sobre o destino do material.
Citado
Fux é uma das autoridades mencionadas nas conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil – que publica, desde junho, mensagens atribuídas a membros da Lava Jato.
Em uma mensagem enviada a Moro, que na época era juiz, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol escreveu “In Fux We Trust” (em Fux, nós confiamos).
A conversa teria ocorrido em 22 de abril de 2016, um mês depois de Teori Zavascki, ministro do STF morto em 2017 em acidente de avião, repreender Moro por divulgar conversa telefônica entre a então presidente Dilma Rousseff (PT) e Lula. Após a publicação das mensagens, Fux disse que a conversa com Deltan nunca existiu.

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