Litoral comprometido

Óleo no Nordeste: “Nunca houve desastre como esse”
Acidente inédito: Fernanda Pirillo, do Ibama e responsável pelas operações de limpeza dos locais atingidos, disse para a Folha que nunca houve um desastre como esse, no qual não se sabe o quê ou quem é o responsável pelo petróleo que continua aparecendo e se espalhando, e pela extensão do desastre.
O Plano de Contingência ainda não foi devidamente acionado: segundo João Valadares, da Folha, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com um recurso na justiça listando dez pontos que provam que a União ainda não acionou o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo (PNC) nos termos da legislação, buscando, com isso, obrigar o governo federal a acionar o PNC. Esta é a segunda vez em que membros do MPF tentam na  Justiça o acionamento do plano.
TAC em Pernambuco: a Justiça Federal determinou que o governo federal e o Ibama adotem uma série de medidas diante da contaminação das praias de Pernambuco pelo óleo, entre elas, que sejam realizados vistoria e estudos de todos os ecossistemas do litoral, além da verificação da eficácia das ações de prevenção.
Pescando petróleo: pescadores e cientistas testam rede para captura de óleo no mar como medida de proteção à região de Abrolhos, no sul da Bahia. A notícia é do UOL.
“Dark ships”: o prof. William Nozaki explica o que são os dark ships e porque os navios sem bandeira ou sem transponders ganharam espaço no mundo. Neste momento, o embargo dos EUA à Venezuela e ao Irã força os dois países a venderem petróleo por debaixo do pano e a apelarem para os navios clandestinos para conseguir tirar o petróleo de suas águas e levá-lo até navios oficiais em águas internacionais. O artigo está na versão brasileira do Le Monde Diplomatique. No começo do mês, o Br Sputnik também publicou uma matéria à respeito.
Popularidade ainda mais ameaçada pelo óleo: Daniel Rittner e Matheus Schuch, do Valor, contam que “a inteligência do governo vê chances de insatisfação e mau humor na classe média, especialmente do Centro-Sul, que pretende passar as festividades de fim de ano ou as férias escolares de janeiro no litoral do Nordeste.” Um dos temores é o que o óleo venha de um petroleiro que teria afundado, o que poderia prolongar o desastre até o verão dos turistas. Rittner e Schurch citam um assessor presidencial preocupado: “Um pequeno petroleiro carrega 60 mil toneladas de óleo. Dá um calafrio só de pensar nisso.”

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