Mourão diz que foi um navio legal: O vice-presidente declarou ontem que Bolsonaro deve anunciar ainda esta semana o nome do navio responsável pelo desastre ambiental. Segundo a Folha, Mourão disse achar que o cara [do navio] fez uma ejeção de porão ali pela quantidade de óleo. Se ele tá com problema de flutuação, de balanço, aí ele tira um pouco de óleo para ter estabilidade.
Pré-sal: Giovana Girardi, do Estadão,
contou que o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Alves
Borges Oliveira, afirmou (...) em audiência na Comissão de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, que não descarta a
possibilidade de que o vazamento de óleo no Nordeste seja proveniente do
pré-sal. É a primeira autoridade a admitir essa possibilidade.
Sem precedentes: Daniela Chiaretti, no Valor,
chamou a atenção para o inédito do desastre do óleo: Três fatores que,
combinados, o tornam único no mundo: extensão, recorrência das manchas e
desconhecimento sobre a origem do desastre. Dentro da escala de dez
categorias do Índice de Sensibilidade do Litoral o petróleo, usado pelo
Ibama para avaliar a costa nordestina, 86% têm índices entre 8 e 10. A
informação foi dada por Fernanda Pirillo, do Ibama, que disse que a
grande maioria da costa nordestina é constituída destes ambientes. Não
há capacidade operacional para proteger 86% do Nordeste, uma área com
mais de dois mil quilômetros de extensão.
Mera formalidade:
O ofício do ministro Salles colocando em ação o Plano Nacional de
Contingência e apontando a Marinha do Brasil como coordenadora
operacional das ações no último dia 11 foi, segundo o Estadão, uma formalidade, nas palavras do almirante, João Alberto Lampert.
Ibama aponta falhas: Vinicius Sassine e Gabriel Shinohara, dO Globo,
tiveram acesso a relatórios do Ibama que revelam uma proibição imposta
ao Ibama de comunicar situações de emergência, o que perdurou por ao
menos 33 dias; uma recusa da Petrobras em fornecer mais gente para a
retirada de óleo; quantidade insuficiente de pessoal para atuação nas
áreas atingidas; resgates de animais sem autorização e sem estrutura
para reabilitação, além da falta de protocolo para esses resgates; e a
ineficácia de barreiras de contenção, entre outras falhas.
Não é comigo: Na mesma matéria,
os jornalistas contam que os representantes da Petrobras informaram
[ao Ibama] que não seria possível aumentar o efetivo por eles fornecido
por questões contratuais, tendo em vista não se tratar de derrame sob
sua responsabilidade, e que apenas o efetivo já destacado (12 pessoas)
permaneceria. E sugeriram que o Ibama buscasse reforços nas
prefeituras.
Recomendações internacionais:
Quatro recomendações para situações enfrentadas no Nordeste fazem parte
de um guia público de boas práticas para a limpeza de locais atingido
por óleo da Federação Internacional de Poluição por Petroleiros (ITOPF,
na sigla em inglês):
- sobre o contato de pessoas com o óleo;
- descarte correto dos resíduos;
- o que fazer com o óleo boiando no mar; e
- os cuidados com corais e mangues.
O guia tem uma versão em português que a Marinha e o Ibama deveriam ter repassado para autoridades municipais e estaduais. A notícia é de Patrícia Figueiredo, do G1, que solicitou acesso aos manuais distribuídos no Brasil, mas não obteve retorno. No entanto, há relatos de locais onde falta equipamento para todos os voluntários, que também não recebem instruções de como deve ser feita a limpeza. A versão em inglês pode ser baixada aqui.
- sobre o contato de pessoas com o óleo;
- descarte correto dos resíduos;
- o que fazer com o óleo boiando no mar; e
- os cuidados com corais e mangues.
O guia tem uma versão em português que a Marinha e o Ibama deveriam ter repassado para autoridades municipais e estaduais. A notícia é de Patrícia Figueiredo, do G1, que solicitou acesso aos manuais distribuídos no Brasil, mas não obteve retorno. No entanto, há relatos de locais onde falta equipamento para todos os voluntários, que também não recebem instruções de como deve ser feita a limpeza. A versão em inglês pode ser baixada aqui.
Pesca proibida:
Quase dois meses depois da primeira mancha, o ministério da agricultura
proibiu a pesca de camarões, lagostas e outros crustáceos nas regiões
atingidas pelo óleo. Segundo Patrícia Mengue, do Estadão,
com isso, a União estima pagar o seguro-defeso, de um salário mínimo
mensal, para 60 mil pescadores. O litoral nordestino tem 471 mil
pescadores artesanais cadastrados, segundo dados do site de
transparência da CGU, o que inclui aqueles que trabalham em áreas de
água doce. Há, ainda, parcela dos pescadores que não tem registro
reconhecido pela União. O Valor também deu a notícia.
Impactos: Carlos Madeiro, no UOL, escreve sobre a devastação que o óleo está provocando na fauna marinha. No Estadão, o fotógrafo Tiago Queiroz e Priscila Mengue fizeram um registro forte do desastre.
Mais óleo:
8 praias foram atingidas por mais manchas de óleo na 2ª feira, segundo a
Marinha, desmentindo as declarações oficiais de que elas tinham parado
de chegar. A notícia é do Estadão.
Crise sem fim: Matheus Moreira, da Folha,
escreve que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, disse em
apresentação do balanço das ações tomadas até então, que não há como
mensurar a quantidade de petróleo ou antever que rumo as manchas tomarão no futuro. Ou seja, uma crise sem previsão de terminar.
Mancha: O Direto da Ciência
consultou a Marinha e o Ibama, que disseram que a mancha identificada
por Humberto Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de
Imagens de Satélite (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas, não é
petróleo. O Ibama respondeu dizendo que deve se tratar de uma célula
meteorológica de alta intensidade. A Marinha disse que não se trata de
óleo. Foram feitas quatro avaliações para confirmar. A notícia da
mancha saiu no Estadão, nO Globo, no UOL e nas Letras Ambientais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário