Opinião


O caminho da educação


Os países pobres e emergentes vêm, apresentando ao longo do tempo, baixos índices educacionais. No Brasil, por exemplo, os níveis fundamental, médio e superior, apesar de algumas melhorias pontuais, ainda permanecem num estágio pouco satisfatório. Entra governo e sai governo, percebe-se que a educação brasileira continua baseada numa prioridade retórica e não em ações objetivas visando à realização de investimentos, nas múltiplas dimensões do acesso, equidade e qualidade. Todos sabem que uma estrutura de ensino eficaz é fundamental para melhorar as condições de vida do povo, nos aspectos do emprego, da saúde, da violência, dentre outros. Segundo o professor Albert Fishlow: “Investir na educação é a forma mais eficiente para se conseguir uma melhor e mais justa distribuição de renda”. Ademais, reforçando a sábia colocação de Fishlow, pode-se afirmar que a distribuição do bom conhecimento, tanto cognitivo como comportamental, leva a melhores condições de vida, emancipando a pessoa humana. A pessoa com maior nível de escolaridade tem melhor possibilidade de acesso ao mercado de trabalho, em constante evolução, característica desta era de globalização. Com o aperfeiçoamento da mão de obra há mais atração de investimentos, qualificação de empregos e dinamização do consumo. De fato, a educação melhora a qualidade de vida do cidadão, o que permite torná-lo um consumidor mais consciente. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e métodos produtivos são requeridas novas aptidões. Não basta acompanhar as transformações, há que se ter a capacidade de antecipá-las. Através do caminho da educação, encontramos a solidariedade, a liberdade e a igualdade de oportunidades, compatíveis com fundamentos democráticos. “Post scriptum”: Aristóteles ressaltou que “educar a mente sem educar o coração não é educação”.


Gonzaga Mota

Prof. aposentado da UFC

Ex Governador do Ceará e meu amigo

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