O dia

Primeiro de Maio. O mundo inteiro comemora o primeiro de maio como dia do trabalho. Juro que fico encafifado com um brasileiro, do mais burro, ao medíocre e ao mandatário que resuma isso aí, com quem comemora a data. Somos 12 milhões de desempregados. Trabalhadores desempregados. 40 milhões que resolveram suas vidas montando barracas nas ruas, restaurantes em portas de empresas, debaixo de árvores e ainda vendendo almoço pra comprar jantar. Aliás, jantar onde um carioquinha já é cobrado a um real. As quentinhas vendidas nas ruas, os restaurantes a quilo não têm mais carne. De vaca, não. É frango, ovo e linguiça. Fui num, ontem, e tinha escondidinho...era um purê de jerimum com queijo de cobertura e linguiça escondida. Era a carne. Tinha porco, é verdade, mas costela com pouca carne, dessas compradas em super mercados. Pois bem. Tava aqui falando do Dia do Trabalho, do 1o.de Maio e acabei desviando pra fome e pro destrabalho, isto é, pro desemprego. Onde houve festa, hoje, discursos de ódio e rancor. Pode esperar que vai ter Zé Doidim bradando de liberdade, como se disse entendesse. E como se tudo isso não bastasse, dói no peito ter enterrado do dr.Mourão, querido amigo que o tempo não envelheceu. Deixa lembranças, deixa amigos, deixa ensinamentos, deixa saudades. Se a alma ouvir, depois de o corpo morto, deve ser bom saber que fará falta deixando saudades. O domingo, 1o.de Maio de 2022,só pra frescar com a história, vem assim, na visão da varanda do meu tugúrio.

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