Publicação, lançada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP),
apresenta a relação dos gastos das cidades e revela a importância dos
municípios nos investimentos locais.
Fortaleza (CE), Salvador (BA) e
Recife (PE) foram as três cidades da Região Nordeste do Brasil que mais
investiram em 2021. No ranking dos 10 maiores gastos, divulgado em
publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), outras quatro capitais
aparecem bem posicionadas: João Pessoa (PB), Teresina (PI), Maceió (AL)
e Aracaju (SE).
De acordo com o anuário Multi Cidades – Finanças dos
Municípios do Brasil, a capital Fortaleza, com mais de 2,7 milhões de
habitantes, registrou o maior investimento, de R$ 939,1 milhões,
corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em
seguida, na segunda e terceira colocações, estão Salvador, com R$ 560,2
milhões e Recife, com R$ 415,1 milhões em gastos com infraestrutura.
Além
das capitais, três cidades figuram na lista dos top 10 de investimentos
no Nordeste: Feira de Santana (BA), na quinta colocação, com R$ 209,8
milhões e 624 mil habitantes; Caucaia, em nono lugar, com R$ 146 milhões
e 369 mil habitantes; e Camaçari (BA), em décimo, com R$ 140 milhões.
Realizado
pela FNP, em parceria com a Aequus Consultoria, o anuário Multi Cidades
apresenta conteúdo técnico em linguagem amigável e é uma ferramenta de
transparência das contas públicas, com dados do desempenho das cidades. A
18ª edição tem o apoio de Volvo, Tecno it, Santander, Itaú e Sebrae.
Raio-X do Brasil
Os
investimentos das cidades brasileiras recuaram 16,9% em 2021, em
comparação com o exercício anterior, atingindo R$ 58,98 bilhões, em
valores corrigidos pelo IPCA. Conforme os economistas e editores do
anuário Multi Cidades, a queda era esperada, seguindo uma trajetória nos
primeiros anos de governo, como aconteceu em 2017 (-36,2%), 2013
(-25,3%), 2009 (-25,1%) e 2005 (-20,2%).
Os investimentos
municipais de 2021 foram equivalentes aos efetuados em 2013, de R$ 60,23
bilhões, e 83,9% maiores que os realizados em 2017, de R$ 32,76
bilhões. “2017 foi o segundo pior ano em gastos das cidades desde 2002,
quando tem início a série de dados compilados por Multi Cidades. Além de
ser o primeiro de mandato, tivemos a crise aguda na economia brasileira
e seus impactos nas finanças municipais”, lembra Tânia Vilella,
economista e editora da publicação.
Recursos próprios
A
publicação faz ainda uma análise dos recursos aplicados na
infraestrutura municipal em 2021: 53,1% foram provenientes de receita
própria; 23,2%, de transferências de capital dos demais níveis de
governo; 16,5%, de operações de crédito; e 7,2%, de demais fontes de
recursos.
Conforme os economistas, os governos locais têm exercido um
papel crescente no financiamento e na execução dos investimentos do
setor público brasileiro, especialmente a partir da segunda metade da
década passada. De 2010 a 2014, os municípios foram responsáveis por
26,8% do financiamento de todo o investimento governamental, parcela que
saltou para 37,9% no período de 2015 a 2021.
Nesse mesmo
intervalo, o peso da União baixou de 26,2% para 22% e o dos estados, de
47% para 40,1%. Sob a ótica da execução e considerando os mesmos
intervalos, nos estados a taxa recuou de 47,3% para 38,5%, ao passo que a
fatia dos municípios avançou de 35,6% para 44,4%. A União manteve sua
participação estável em 17,1%.
Divulgadas as cidades da Região Nordeste que mais investiram em 2021
Av.Beira Mar em Fortaleza
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