Na
abertura da reunião, o ministro da Educação, Camilo Santana, relembrou
outros episódios de violência nas escolas que sensibilizaram a sociedade
brasileira. Segundo ele, não há solução fácil, mas é necessário que
todos os nossos entes federados se unam efetivamente em torno dessa
questão.
“No dia 5 de abril, o presidente da República convocou
oito ministros para discutir essa temática e construir, em um prazo de
até 90 dias, uma Política Nacional de Enfrentamento à Violências nas
Escolas Brasileiras. Já estamos com mais 50 proposições, ouvindo
especialistas de todo o País, para que possamos construir ações
importantes, não só preventivas, mas também imediatas e de longo prazo.
Foi estabelecido também um canal constante de diálogo com o Conselho
Nacional de Secretários de Educação dos Estados Brasileiros e com a
União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação”, disse.
Sobre
a importância da cultura de paz nas escolas, o ministro Ministério da
Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou a importância do
engajamento de toda a sociedade, inclusive das corporações que gerenciam
as plataformas digitais. “Nenhum de nós sozinhos conseguiremos combater
o fluxo terrível de discursos de ódio na internet. Precisamos, todos
juntos, mobilizar nossas sociedades, desde os municípios, estados, com
campanhas publicitárias que envolvem as famílias, o núcleo básico de
estruturação da cultura de paz e dos direitos humanos. Minha fala também
é para agradecer as polícias do nosso país, federais e estaduais, que
trabalham em união”, enfatizou.
Flávio Dino apontou números que
revelam o trabalho que está sendo feito na área da segurança. “Todos os
dias temos dezenas de vídeos que incentivam ataques às escolas, à
mutilação de jovens e apologia ao Nazismo. Isso é crime no Brasil, não é
liberdade de expressão. Em dez dias, temos 225 prisões ou apreensões;
694 intimações de adolescentes suspeitos; 155 buscas e apreensões
realizadas; o registro de 1.595 boletins de ocorrência; 1.224 casos em
investigação em todo o território nacional; 756 suspensão de perfis em
plataformas digitais. São perfis dedicados a difundir ódio; 100 pedidos
de preservação de conteúdos para fundamentar investigações em curso nas
polícias; 367 solicitação de cadastros para investigações. Nós também
recebemos 7.473 denúncias pelo canal disponibilizado pelo Ministério da
Justiça”, afirmou. |
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